AmadorBarebackBoqueteVídeos Gays

Julian Shul and Luca Moreti fuck – I love black cocks

A Sala de Arquivos da Orquestra Filarmônica de Viena era um templo de histórias empoeiradas. Partituras centenárias repousavam em estantes que chegavam ao teto, e o ar carregava o cheiro único de papel velho, madeira envernizada e uma ponta de mofo. Era o reino de Julian Shul, o arquivista-chefe, um homem cuja vida era medida em compassos e pausas, não em horas.

Julian tinha um dom. Para os outros, as partituras eram instruções. Para ele, eram cartas, diários, mapas de emoções há muito silenciadas. Ele podia olhar para os rabiscos de Beethoven e ouvir a frustração, ou para os arranjos meticulosos de Mozart e sentir a pressão de um prazo. Sua existência era solitária e silenciosa, e ele preferia assim.

Até que Luca Moretti chegou.

Luca era o novo primeiro violino, uma estrela em ascensão com uma energia que parecia ofuscar os lustres de cristal. Tinha cabelos escuros rebeldes, um sorriso fácil que desarmava até os críticos mais sisudos e uma técnica impecável. Mas também tinha um problema.

“É esta”, disse Luca, colocando uma pasta moderna e surrada sobre a imensa mesa de carvalho de Julian, perturbando uma fina camada de pó. “O *Concerto para Violino em Lá Menor, Op. 73*, de Albrecht Vogler.”

Julian nem precisou olhar. “Vogler. 1848. Nunca executado. Considerado perdido, apenas os esboços do primeiro movimento sobreviveram. O que você tem é uma reconstrução do professor Hintermeier, dos anos 50. Imperfeita.”

Luca arregalou os olhos, impressionado. “Exato! Mas… há algo errado. O *andante*… ele não *flui*. Parece travado, como se faltasse uma peça. Hintermeier tentou preencher as lacunas, mas soa artificial.”

Julian observou o jovem músico. A maioria dos instrumentistas vinha até ele pedindo partes históricas ou anotações de interpretação. Ninguém vinha falar do “fluxo” de um concerto perdido. Havia uma paixão genuína ali, uma inquietação que ia além da vaidade.

“Vogler era um romântico atormentado”, explicou Julian, levantando-se e dirigindo-se a uma estante específica. “Sua amada, Elsa, morreu de cólera semanas antes da estreia. A história diz que ele destruiu a partitura completa no dia da premiere cancelada.”

Ele puxou uma pasta de couro desgastada. “Estes são os esboços originais. Hintermeier tinha acesso a eles, mas talvez ele tenha ouvido com os olhos, não com o coração.”

Os dias que se seguiram viraram uma dança improvável. Luca, com seu violino, extraía as frases do papel, sua música preenchendo a sala silenciosa. Julian, com seus dedos finos e conhecimento profundo, escutava. E ele não ouvia apenas as notas; ouvia os espaços entre elas. O silêncio de Vogler.

“Pare aqui”, Julian disse uma tarde, apontando para uma série de pausas no manuscrito. “Hintermeier preencheu isso com um floreio. Mas não é um floreio. É um soluço. É o momento em que Vogler não conseguia compor, só chorar.”

Luca baixou o arco. Em vez de tocar, deixou o silêncio da sala se instalar. Era um silêncio carregado, diferente do vazio habitual. Era um silêncio que *significava* algo.

Juntos, decifraram a dor nas marcas de lágrima quase imperceptíveis no papel, a raiva nas linhas violentamente riscadas, a resignação final em uma assinatura trêmula. Luca não estava mais tentando reconstruir um concerto; estava tentando escutar um luto de 175 anos.

A noite da performance chegou. O Golden Hall estava lotado. Luca entrou no palco, mas em vez de confiança, seu rosto mostrava uma solenidade profunda. Julian, contrariando todos os seus hábitos, estava na primeira fila, as mãos suadas.

Luca começou a tocar. A orquestra o seguiu. Mas não era a reconstrução de Hintermeier. Era algo novo, e ao mesmo tempo antigo. Era a história de Vogler e Elsa. As passagens tempestuosas de desespero, os momentos líricos de lembrança e, nos pontos-chave identificados por Julian, **silêncios**.

Silêncios que não eram uma ausência de som, mas uma presença esmagadora. O público, confuso no início, foi capturado. O ar parecia vibrar com a emoção contida. No maior desses silêncios, no coração do *andante*, Julian viu uma senhora na plateia enxugar uma lágrima.

Quando a última nota se dissipou, houve um momento de quietude absoluta antes da explosão de aplausos. Luca, respirando fundo, olhou diretamente para Julian e fez um pequeno, quase imperceptível aceno.

Mais tarde, no arquivo, o silêncio havia voltado. Mas era diferente. Já não era o silêncio da solidão, mas o de uma tarefa cumprida, de um segredo compartilhado.

Luca apareceu à porta, ainda com a aura do palco. “Eles chamaram de ‘revelação’. Disseram que eu capturei a alma de Vogler.”

“Você capturou”, Julian corrigiu suavemente, limpando seus óculos. “Mas primeiro, você aprendeu a escutá-la. Hintermeier buscou as notas que faltavam. Nós buscamos o motivo de elas faltarem.”

Luca olhou para as pilhas infinitas de partituras. “Quantas outras histórias estão aqui, esperando para serem ouvidas?”

Julian ofereceu um raro e discreto sorriso. “Uma vida inteira delas, Maestro Moretti. Uma vida inteira.”

E naquela noite, pela primeira vez, o som que preenchia a mente de Julian Shul não era a memória de uma música passada, mas a promessa de uma parceria futura. O arquivista e o violinista. O homem que lia o silêncio e o homem que lhe dava voz.

Vídeos relecionados

Botão Voltar ao topo

SEXO GOSTOSO ENTRE BRASILEIROS 🔥

X