Jordan Haze, Luca Ambrose, Harley Xavier, Jay Angelo – partying and fucking
A cidade de **Haze Haven** tinha um dono: **Jordan Haze**, herdeiro de um império hoteleiro, preso em uma gaiola de expectativas e compromissos de terno impecável. Seu refúgio era o terraço do Ambrose Hotel, onde, às terças-feiras, um som roubava sua atenção.
O som vinha do apartamento ao lado, habitado por **Luca Ambrose**, herdeiro do hotel rival. Mas Luca não frequentava reuniões. Passava os dias com as mãos manchadas de tinta, transformando telas em explosões de cor, e as noites tocando violoncelo na varanda. A música de Luca era um rio que minava, gota a gota, as muralhas de gelo de Jordan.
Um dia, a música parou. Impulsivo, Jordan bateu à porta. Luca atendeu, com um olhar que era uma mistura de desafio e curiosidade. “Veio reclamar do barulho, Haze?”, perguntou, com um sorriso tímido.
“Vim pedir que não parasse”, respondeu Jordan, e o mundo pareceu inclinar.
O romance foi um segredo doce e proibido, cultivado entre telas, partituras e o céu noturno do terraço compartilhado. Encontraram na arte de um e no silêncio do outro um lar que nunca tiveram.
Até que o mundo exterior invadiu. Os pais de Jordan descobriram o affair com um “Ambrose” e arquitetaram um casamento de conveniência para consolidar seu poder. A noiva proposta era **Harley Xavier**, uma arquiteta astuta e ambiciosa, que via o matrimônio como a fusão perfeita de dois impérios. Ela não era vilã, apenas prática, e talvez um pouco cínica. Aceitou a proposta sabendo do coração alheio, mas acreditando que o amor era um luxo para os sem império a gerir.
O casamento foi anunciado. Luca, ferido e sentindo-se traído, recuou para suas telas, agora pintadas apenas em tons de cinza e azul-marinho. Jordan, acuado, sentiu a gaiola se fechar.
Foi então que **Jay Angelo**, o motorista e confidente silencioso de Jordan há anos, fez mais do que abrir a porta do carro. Conduziu Jordan até um estúdio de gravação vazio, à noite. “Sabe, Sr. Haze”, disse Jay, sua voz sempre tão calma, “passei anos ouvindo você no banco de trás, falando de números, mas seus olhos só viviam quando voltavam do terraço. A vida é muito curta para músicas interrompidas.”
Naquele estúdio escuro, Jordan gravou um único disco de vinil. De um lado, uma mensagem falada para Luca. Do outro, uma faixa em branco, um silêncio proposital — o silêncio que sua vida seria sem ele.
No dia do ensaio do casamento, Jordan não foi à igreja. Foi ao apartamento de Luca e deixou o disco na porta. Luca colocou para tolar. Ouviu a voz quebrada de Jordan confessando tudo: o medo, a pressão, o amor que o tornava corajoso. E no final, o silêncio do lado B falou mais alto que qualquer palavra.
Luca correu. Encontrou Jordan no terraço, a única pessoa que preenchia aquele silêncio com significado. Harley, testemunhando a cena da janela do hotel, suspirou. Havia um certo romantismo naquilo, admitiu consigo mesma. Talvez houvesse outras maneiras de construir um império. Ela cancelou o casamento com um sorriso resignado e um aceno de despedida.
Jordan e Luca não herdaram hotéis. Herdaram um estúdio de arte e música no último andar do Ambrose, batizado de **“Angelo’s Haven”**, em homenagem ao motorista que soube que algumas rotas não estão no mapa, mas no coração. E todas as terças-feiras, a música de Luca não era mais um segredo. Era uma sinfonia para a cidade, e um hino de um amor que ousou escolher a melodia em vez do script.




