John P1org and Mystery Man fuck

O mundo de John P1org era ordenado, previsível e seguro. Como um engenheiro de sistemas, ele encontrava conforto na lógica binária, em códigos que se comportavam exatamente como esperado, e na solidão silenciosa de seu apartamento de concreto e aço. Tudo era um problema a ser resolvido, uma variável a ser definida.
Tudo, exceto o Mystery Man.
Era um artista de rua. Seus grafites apareciam da noite para o dia, como sonhos vandalizando a cidade cinzenta. Eram explosões de cor, figuras distorcidas que contavam histórias de angústia e esperança, sempre assinados com um simples “M.M.” em um canto. John, em sua rotina meticulosa de pegar o mesmo trem às 07:48, começou a notá-los. E, contra toda a sua lógica, ficou obcecado.