Jaylen Tomas breeds BillyBlonde with his BBC

O armazém de Jaylen Tomas era um lugar de ordem impecável. Latas de tinta alinhadas como soldados, pincéis lavados e secos pendurados por tamanho, panos limpos dobrados em uma prateleira. Era seu refúgio, um espaço silencioso onde as cores se misturavam em perfeito silêncio, longe do caos do mundo. Ele era um restaurador de móveis, um homem que consertava coisas quebradas com paciência infinita, mas que desconfiava de qualquer coisa que fosse nova demais ou barulhenta demais.
Billy não era barulhento. Era um terremoto dourado.
Seu nome completo era William Blonde, mas ninguém, ninguém, o chamava disso. BillyBlonde era uma força da natureza, um artista de rua que pintava murais explosivos com spray que cheiravam a revolução e doces. Ele chegou ao galpão ao lado do de Jaylen alugado por um amigo em comum, para um “projeto temporário”.
O primeiro dia foi um desastre de contrastes. Jaylen, de macacão impecável, viu Billy despejar uma pilha de latas de spray coloridas no chão, vestindo jeans rasgados e uma jaqueta coberta de tinta. A música alta de Billy invadia o silêncio sagrado de Jaylen.