Jake Preston jerks off on the edge of the bed

O metrô era o palco silencioso do seu amor secreto. Todas as manhãs, às 8:17, ele entrava no vagão na estação Central. Jake Preston. Ela não sabia seu nome, não naquele início. Sabia apenas que ele usava um casaco de tweed azul-marinho, lia livros de capa gasta e tinha um jeito de sorrir com os olhos para as páginas.
Ela o observava, colecionando detalhes como outras pessoas colecionam selos. A maneira como ele ajustava os óculos, a marca de café na xícara de viagem que ele segurava, o suspiro quase inaudível quando o livro era especialmente bom.
Por meses, foi assim. Um balé de olhares furtivos e corações acelerados em um vagão cheio de estranhos. Até que uma terça-feira chuvosa tudo mudou. O trem parou bruscamente entre estações, as luzes cintilaram e se apagaram. No escuro, um som de vidro quebrando, seguido por um gemido de dor ao seu lado.
“Alguém tem uma luz?” uma voz pediu.
Antes que ela pudesse reagir, o feixe de um celular iluminou o vagão. Era *ele*. Jake Preston. A luz não se dirigiu ao condutor, mas diretamente para ela. Para sua mão, onde um corte superficial sangrava, causado pela xícara que ela deixara cair com a freada.
“Deixe-me ver,” disse ele, sua voz era mais suave do que ela imaginara. Ele não hesitou, pegou o lenço de papel que ela oferecia e, com uma delicadeza que fez seu estômago embrulhar, pressionou-o contra o corte.
“Eu… eu te vejo todo dia,” ela confessou, a coragem nascendo da escuridão e da proximidade.
Jake ergueu os olhos, e o feixe de luz iluminou seu próprio rosto, revelando um sorriso. “Eu sei. Levo o livro certo todos os dias, só para ver se você vai dar uma olhada na capa.”
O trem se moveu, as luzes acenderam, mas o mundo deles já havia virado de cabeça para baixo. Naquela manhã, Jake Preston não desceu em sua estação habitual. Ele sentou-se ao seu lado, e a viagem, finalmente, teve um destino.