Jake Mitchell and Nate Stetson fuck
Jake Mitchell chegou a Cedar Ridge com o cheiro de asfalto e ambição ainda grudado nas botas novas. Herdara uma pequena fazenda de um tio distante e acreditava, com a arrogância típica dos que vêm da cidade, que alguns manuais e muita determinação seriam suficientes para domar a terra. A cerca estava caída, o celeiro precisava de um novo telhado e os cavalos olhavam para ele com um ceticismo profundo.
Nate Stetson era a própria essência daquele lugar. Nascido e criado em Cedar Ridge, suas mãos entendiam mais de nós em cordas e do ritmo das estações do que de qualquer outra coisa. Ele era quieto, seus olhos cor de âmbar pareciam guardar a paciência infinita das montanhas ao redor. A fazenda dele era a vizinha.
O primeiro encontro foi um desastre. Jake, tentando consertar a cerca com ferramentas inadequadas e técnicas de vídeo do interior, estava prestes a ser arrastado por um arame farpado quando uma voz calma o interrompeu.
“É melhor você parar com isso antes que acabe precisando de pontos.”
Jake se virou e viu Nate apoiado em sua picape, um chapéu puxado para a frente, escondendo parcialmente seu rosto, mas não o misto de humor e pena em seus olhos.
“Eu sei o que estou fazendo,” Jake rosnou, frustrado.
Nate deu uma risada baixa, um som que era quase um sussurro no vento. “Claro que sabe, cidade. É por isso que a cerca tá mais torta que um chifre de bode.”
Daquele ponto em diante, Nate tornou-se uma presença constante, ainda que relutante. Ele aparecia com um “estava passando por perto” e consertava o que Jake estragava. Trazia ferramentas adequadas, ensinava a amarrar nós que não soltavam, mostrava como ler o céu para saber da chuva. Jake, da sua arrogância inicial, passou para uma frustração humilde e, por fim, para uma admiração profunda.
Ele descobriu que Nate não era apenas um fazendeiro silencioso. Nas noites frias, na varanda de Nate, com o céu estrelado como um manto, ele via Nate apontar constelações, falar sobre mitologias antigas e, às vezes, tocar uma melodia triste e bonita no violão. Aquele homem que comandava a terra com mãos de ferro tinha a alma de um poeta.
Jake, por sua vez, trouxe um pouco do mundo para a solidão de Nate. Falava sobre livros que Nate nunca lera, sobre a energia da cidade que, ele admitia agora, era apenas barulho. E, principalmente, trouxe um olhar novo para aquela terra, uma apreciação que Nate, por ser nativo, às vezes esquecia.
O inverno chegou pesado. Uma nevasca cortou a energia e isolou as fazendas. Jake, ainda despreparado, lutava contra o frio e o desespero. Foi quando ouviu batidas na porta. Nate estava lá, coberto de neve, carregando um cobertor extra e suprimentos.
“Você não precisa fazer isso,” Jake disse, tocado.
“Sei,” Nate respondeu, seus olhos sérios. “Mas e se eu quiser?”




