Jake Mathews worships and sucks Apollo Steel
						O som dos metais era a única sinfonia que Apollo Steel conhecia. O rugido das forjas, o chiar das prensas hidráulicas e o ritmo constante das esteiras da fábrica da Steelworks Inc. eram a herança de seu sobrenome. Ele era um homem forjado em aço e responsabilidade, seus ombros largos carregando o peso de um império industrial. Sua vida era uma série de reuniões, planilhas e decisões que afetavam centenas de vidas, mas nenhuma delas tocava a sua. Sua casa era um apartamento de penthouse, impecável e frio como aço inoxidável.
Do outro lado da cidade, Jake Mathews coloria o mundo. Suas mãos, sempre manchadas com tinta azul ou vermelha, não lidavam com lingotes de metal, mas com telas em branco e a infinita possibilidade da cor. Seu estúdio no último andar de um prédio antigo era um caos organizado de pincéis, latas de tinta e quadros que capturavam a alma da cidade – não os arranha-céus, mas o brilho da chuva no asfalto, a sombra de uma árvore solitária em um beco, o sorriso fugaz de um estranho. Jake vivia de liberdade e emoção, coisas que Apollo acreditava ter trocado por dever há muito tempo.
				



