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Jacob King gets fucked by Evan Jordie and Marcus McNeill

O vento do outono dançava pelas ruas de Edinburgh, carregando folhas secas e o cheiro de chuva prestes a cair. Foi em um desses dias cinzentos que Evan Jordie viu Marcus McNeill pela primeira vez. Ele estava parado sob a marquise de uma livraria, tentando se proteger do primeiro aguaceiro, com um livro de poesias de Mary Oliver aberto nas mãos. Evan, correndo para o mesmo abrigo, quase trombou com ele.

“Desculpe,” ofegou Evan, sacudindo a jaqueta. “O tempo virou num piscar de olhos.”

Marcus ergueu os olhos do livro, e Evan sentiu o mundo desacelerar. Seus olhos eram da cor do céu antes de uma tempestade, um cinza-azulado profundo que parecia guardar segredos antigos.

“Não há problema,” Marcus respondeu, a voz um baixo suave que se harmonizava com o som da chuva. “A pressa é inimiga da poesia e dos dias chuvosos.” Ele fechou o livro gentilmente. “Marcus. Marcus McNeill.”

“Evan. Evan Jordie.”

Foi tudo o que precisou. A conversa, iniciada pela poesia de Oliver, fluiu para o café quente na cafeteria ao lado, depois para longas caminhadas pelo parque, com as folhas avermelhadas crepitando sob seus pés. Evan, com seu espírito livre e seus dedos sempre manchados de tinta, era um artista que via beleza em tudo, até nas rachaduras da calçada. Marcus, mais reservado, um arquiteto que construía realidades sólidas, encontrou em Evan a cor que faltava em seus projetos em escala de cinza.

Evan ensinou Marcus a ver o mundo não como uma série de linhas e ângulos, mas como uma tela de luz e sombra em constante mudança. Marcus, por sua vez, ofereceu a Evan um porto seguro, uma constância que o artista inquieto nunca soube que precisava.

O amor deles não foi dramático, não foi feito de grandes gestos, mas da quietude dos sábados de manhã, dos pés entrelaçados sob o cobertor, do silêncio confortável que só duas almas em sintonia conseguem compartilhar. Era o café da manhã feito por Marcus deixado na mesa de Evan antes de uma manhã de trabalho, era o desenho de Evan de uma rosa brotando do esquadro de Marcus, deixado como um bilhete de amor.

Mas até os portos mais seguros enfrentam tempestades. Marcus recebeu uma proposta de trabalho em Toronto, um projeto que era a chance de uma vida, com duração de dois anos. A notícia caiu como uma pedra no lago tranquilo de seus dias.

“Você tem que ir,” sussurrou Evan, uma noite, olhando para as luzes da cidade da varanda do apartamento de Marcus. “É tudo o que você sempre quis.”

“Era tudo o que eu sempre quis,” Marcus corrigiu, suavemente, puxando Evan para perto. “Antes de você.”

O dilema pairou sobre eles, pesado e silencioso. Evan se recusava a ser a âncora que mantinha Marcus preso. Marcus se recusava a ser o vento que arrancava Evan de suas raízes.

A noite antes da decisão final, Evan não apareceu para jantar. Marcus foi até o estúdio dele e encontrou-o cercado por esboços e telas. No centro, uma nova pintura: um único poste de luz em uma rua escura de Edinburgh, iluminando a chuva que caía. Sob a luz, duas figuras desfocadas compartilhavam um guarda-chuva. A atmosfera era melancólica, mas aquele círculo de luz era intenso, quente, um refúgio contra a escuridão.

“Chamei de ‘O Abrigo’,” disse Evan, a voz rouca. “Porque não importa onde estejamos, você sempre foi meu abrigo, Marcus. E eu espero ter sido o seu.”

Marcus não disse uma palavra. Apenas abraçou Evan, enterrando o rosto em seu pescoço, entendendo a mensagem. O amor deles não era sobre posse, era sobre ser um lar um para o outro, independentemente da geografia.

Marcus foi para Toronto. Os dois anos que se seguiram foram uma tapeçaria de videochamadas no fuso horário errado, cartas perfumadas com café, e pacotes com livros e tintas. Foi difícil, uma dor surda e constante, mas o abrigo que haviam construído um no outro permaneceu firme.

No último dia do projeto, Marcus pegou um voo. Não mandou mensagem. Foi direto para o antigo estúdio de Evan, que agora tinha uma nova placa na porta: “Evan Jordie – Arte & Restauro”.

A campainha tilintou. Evan surgiu da parte de trás, com um pincel na mão e um pingo de verniz na bochecha. Parou, congelado.

“Dois anos, McNeill,” disse Evan, a voz trêmula. “Você está atrasado.”

Marcus sorriu, aquele mesmo sorriso tranquilo que havia conquistado Evan sob a chuva. “O projeto terminou hoje. E eu tinha uma promessa para cumprir.” Ele abriu a mochila e tirou um rolo de plantas arquitetônicas. “Precisei de um tempinho a mais para conseguir o cliente certo e o terreno perfeito.”

Evan desenrolou as plantas. Era a planta baixa de uma casa. Uma casa com um estúdio inundado de luz do norte e uma varanda com vista para o mar. No canto, a assinatura do arquiteto: *Marcus McNeill*. E abaixo, riscado à mão, estava escrito: *Para Evan Jordie. Para construir nosso próximo abrigo. Juntos.*

E ali, no meio da tinta e do pó, sob a luz fraca do estúdio, eles se encontraram novamente. Não era preciso mais dizer nada. O amor, como a boa arquitetura e a arte verdadeira, era atemporal. E seu abrigo, eles finalmente entenderam, não era um lugar. Era o espaço que um criava dentro do outro, um espaço que, não importa a distância, sempre os traria para casa.

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