It’s Better To Share Part I – Bucky Cubbington and Daryl Richter fuck

O mundo de **Bucky Cubbington** era macio, previsível e organizado em filas meticulosas. Como o melhor funcionário da “Cubbington’s Jams & Preserves”, ele conhecia a ordem exata de cada pote de geléia na prateleira, a receita secreta do mel de maçã com canela e a localização de cada teia de aranha no depósito poeirento. Sua vida era um suspiro baixinho, um eterno fim de tarde de outono.

O mundo de **Daryl Richter** era alto, metálico e caótico. Um mecánico de caminhões que chegou à pequena cidade com o ronco de um motor enferrujado e um histórico tão manchado de graxa quanto seu macacão. Ele consertava coisas que quebravam, e sua presença era um terremoto na quietude do mercadinho de Bucky.

Daryl entrava toda semana, tropeçando no batente da porta, sua voz um trovão ao pedir “aquele pote de geleia amarga, o que tem o rolinho de abelha na tampa”. Ele bagunçava as prateleiras, esquecia o troco e ria de um jeito que fazia as garrafas tilintarem.

Bucky, que arrumava tudo atrás dele com um suspiro de exasperação, sentia um frio na barriga cada vez que a campainha da porta anunciava a entrada de Daryl. Odeava aquela interrupção. Ou, talvez, ansiasse por ela.

A verdade veio à tona quando o caminhão de Daryl quebrou de vez na estrada, em uma noite de tempestade. Bucky, que fechava o mercadinho, o viu debaixo do chuva, lutando com uma chave-inglesa, iluminado pelos relâmpagos. Ele não pensou duas vezes. Pegou seu guarda-chuva, uma thermos de chá e foi até lá.

Não para consertar o caminhão – aquilo era mágica para Daryl. Mas para segurar a lanterna, com uma mão firme, enquanto a tempestade rugia. E, no silêncio que se seguiu após o motor pegar, sob a chuva que amainava, Daryl não olhou para o caminhão. Olhou para Bucky.

“Obrigado,” ele disse, sua voz mais suave do que o habitual.

“É só um guarda-chuva,” Bucky murmurou, seu coração batendo como um motor novo.

Daryl sorriu. “Não é.”

E naquela troca simples, Bucky percebeu que algumas coisas não precisam ser consertadas, apenas apreciadas. E Daryl descobriu que o lar não é um lugar, mas uma pessoa – uma pessoa quieta, organizada e incrivelmente corajosa, disposta a segurar uma lanterna para você no meio de uma tempestade.