HungSkater gets fucked by Big Mike and Lexatahl

O skate park da cidade, sob o crepúsculo, pertencia a HungSkater. As linhas de concreto eram sua tela, e seu skate, o pincel. Ele deslizava, girava e voava, um poema de movimento e equilíbrio. Sua fama era silenciosa, mas real. Todos conheciam o garoto magro de boné que desafiava a gravidade com uma calma impressionante.
Num banco afastado, observando tudo com um sorriso tranquilo, estava Big Mike. Ele era o oposto físico de HungSkater: largo, forte, com mãos que poderiam esmagar coisas, mas que seguravam um caderno de esboços com delicadeza infinita. Mike desenhava as nuvens, os pássaros, a arquitetura da cidade, mas seu assunto favorito era, sem dúvida, o skater em movimento.
Um dia, uma figura nova apareceu no park: Lexatahl. Ela não andava de skate. Chegava com uma mochila cheja de livros e se sentava sob a única árvore do local, imersa em seu universo de palavras. Seus cabelos longos formavam uma cortina entre ela e o mundo, até que um som específico a fazia olhar: o ruído das rodas de HungSkater cortando o concreto.
HungSkater a notou no primeiro instante. Havia uma quietude nela que rivalizava com sua própria concentração. Big Mike também a viu, e seu lápis começou a vaguear, capturando não apenas o skater, mas também a garota sob a árvore, compondo uma nova cena em seu papel.
A atração entre HungSkater e Lexatahl era um ímã silencioso. Eles nunca trocaram uma palavra. Ele arriscava manobras mais ousadas perto da árvore dela. Ela fingia ler, mas as páginas não viravam quando ele estava por perto. Era um balé de olhares roubados e sorrisos contidos.
Big Mike, do seu banco, observava o romance não-nascido com a paciência de um cronista. Ele via a tensão, a beleza daquilo que ainda não tinha sido dito. E um dia, decidiu ser a ponte.
Com mãos surpreendentemente hábeis para seu tamanho, ele criou um desenho. Nele, HungSkater estava suspenso no ar, em uma curva perfeita, e seu reflexo no concreto polido não era o dele, mas o de Lexatahl, sentada sob a árvore, com um livro aberto que, se olhado de perto, mostrava a silhueta de um skater.
Ele rasgou a página com cuidado, dobrou e, num momento em que HungSkater passava por seu banco para pegar uma garrafa d’água, Mike apenas estendeu o papel.
“Para ela,” disse Big Mike, sua voz um baixo suave e amigável.
HungSkater ficou parado, olhando para o desenho, depois para o rosto gentil do homem grande, e finalmente para Lexatahl. O coração batia forte em seu peito, não por causa de uma manobra perigosa, mas por medo e esperança.
Tomando uma coragem que não sabia ter fora de uma prancha, ele se aproximou da árvore. Lexatahl olhou para cima, surpresa.
Ele não disse nada. Apenas entregou o desenho.
Ela olhou para a obra de arte, seus olhos percorrendo cada linha, cada detalhe simbólico. Uma leve cor roseou suas faces. Quando ergueu os olhos para encontrar os de HungSkater, o mundo ao redor desfocou. O barulho dos skates tornou-se uma trilha sonora distante.
“É… é perfeito,” ela sussurrou, sua voz um contraste suave com o ruído do park.
“O Mike desenha melhor do que eu faço curvas,” HungSkater respondeu, encontrando sua voz.
O sorriso que ela lhe deu foi a manobra mais perfeita que ele já tinha testemunhado.
Naquele dia, sob o olhar paternal e artístico de Big Mike, HungSkater sentou-se pela primeira vez sob a árvore com Lexatahl. Ele falou de skates e asas-delta de concreto. Ela falou de livros e universos de tinta. Eles descobriram que suas paixões, embora diferentes, eram a mesma coisa: a busca por liberdade e expressão.
Big Mike continuou em seu banco, desenhando. Agora, seu assunto favorito não era mais um skater solitário ou uma leitora isolada, mas sim um casal: o poema em movimento e a sinfonia em silêncio, finalmente unidos pelo traço gentil de um gigante. E em seu caderno, a história de amor de HungSkater e Lexatahl ganhava vida, página após página, muito mais real e doce do que qualquer um deles poderia imaginar.