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HungFuckers – Eddie Patrick and Lane Colten – Chapter 1

A cidade vivia ao ritmo do metrô, um pulso subterrâneo que ditava a vida de milhões. Eddie Patrick era um dos seus condutores. Conhecia cada curva dos trilhos de cor, cada solavanco, cada ponto cego. Sua vida era um ciclo de horários rigorosos, paradas precisas e o silvo familiar das portas a abrir e fechar. O seu mundo era a cabine, o rádio e o reflexo dos passageiros na janela escura.

Lane Colten era o oposto. Um arquiteto que desenhava arranha-céus que riscavam as nuvens, cuja vida era uma busca pela luz perfeita, pelo ângulo inovador. Passava os dias em escritórios de vidro, mas a sua paixão era capturar o som. Colecionava gravações field recordings — o sussurro do vento num beco, o eco de passos numa ponte, a sinfonia caótica de um mercado. O seu mundo era feito de tudo o que não se via, apenas se ouvia.

O seu primeiro encontro não foi um encontro. Foi um atraso.

Um problema de sinal parou o comboio de Eddie entre estações, mergulhando os passageiros num silêncio inquietante, apenas quebrado pelos suspiros de frustração. Foi então que Eddie, pelo interfone, não fez o anúncio padrão. Em vez disso, com uma voz calma que surpreendeu até a si próprio, disse: “Parece que a cidade precisa de respirar por um momento. Aproveitem o silêncio.”

Na carruagem, Lane, que gravava o som abafado do subterrâneo, baixou o gravador. Aquela voz, naquele lugar, soou como um verso de poesia no meio de um manual de instruções. Intrigado, aproximou-se da cabine quando o comboio recomeçou, e viu Eddie através do vidro. Os seus olhos encontraram-se por um segundo — o do condutor, cansado mas gentil; o do arquiteto, curioso e intenso.

Lane começou a apanhar aquele comboio todos os dias, à mesma hora. Não trocaram uma palavra durante semanas. Apenas olhares. Um aceno de cabeça. Um sorriso tímido quando Eddie via Lane a segurar o seu gravador como um tesouro.

A ponte foi construída por som. Um dia, Lane deixou cair um pequeno cartão junto à porta da cabine antes de sair. Nele, estava escrito um número e uma palavra: “Ouviste isto?”

Eddie, mais tarde, usou o telemóvel para ligar para o número. Era um link para um ficheiro de áudio. Ao ouvir, reconheceu o som exacto do seu próprio comboio a atravessar uma secção particularmente ressonante da linha, um coro metálico que ele sentia nos ossos há anos, mas que nunca tinha verdadeiramente *ouvido*. Lane tinha transformado a sua rotina numa peça musical.

A partir daí, começaram a falar. Breves conversas na estação, depois cafés, depois jantares longos. Eddie mostrava a Lane a cidade secreta que só os condutores conhecem — os túneis abandonados, as estações-fantasma. Lane, por sua vez, ensinava Eddie a ouvir. A ouvir de verdade. A diferença entre o som da chuva no betão e no metal, a melodia escondida no ruído.

O primeiro beijo aconteceu na cabine do comboio, depois da última viagem. Estacionado no depósito, envolto na quietude pós-laboral, o mundo exterior não existia. O beijo teve o sabor de café e da noite, o cheiro de óleo e de papel velho dos livros de arquitectura de Lane. Foi o encontro perfeito entre o percurso certo e o desvio inesperado.

Agora, Eddie conduz o seu comboio com uma nova peça na sua playlist — uma gravação de Lane da sua própria respiração, sincronizada com o ronco dos motores. E os projectos de Lane têm um novo elemento: o fluxo, o movimento, a humanidade que Eddie lhe mostrou. Descobriram que o amor é a intersecção perfeita: o ponto onde o destino traçado encontra a beleza acidental do caminho.

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