Hasansaab – fucking around the house

O ar no cassino de Monte Carlo estava carregado com o tilintar de cristal, o sussurro de seda e o aroma amadeirado de dinheiro antigo. Eu estava lá para cobrir a noite para a revista, um pardal entre falcões. E então, eu o vi. Hasansaab.
Ele não jogava; ele possuía a mesa de bacará. Vestindo um shawal kameez impecavelmente branco que contrastava com sua pele bronzeada, ele era um vortex de calma em meio à tensão calculista da sala. Seus olhos escuros, inteligentes e penetrantes, encontraram os meus por sobre a multidão, e um leve, quase imperceptível, aceno de sua cabeça fez o meu coração dar um salto.
Um de seus guarda-costas discretos se aproximou. “Hasansaab solicita sua companhia para uma bebida,” disse ele, sua voz um tom baixo e inquestionável.
Levaram-me até um salão privativo com vista para o Mediterrâneo. Lá, Hasansaab levantou-se. Ele era mais alto do que eu imaginava, com uma presença que preenchia a sala.
“Uma observadora,” disse ele, sua voz um baixo sedoso que parecia acariciar cada sílaba. “Acha que pode entender o jogo apenas olhando?”
“Alguns jogos são mais fáceis de ler do que outros,” respondi, tentando disfarçar o tremor nas minhas mãos.
Um sorriso astuto iluminou seu rosto. “Alguns, sim. Outros… requerem uma participação mais direta.”
A atração entre nós era tão palpável quanto as fichas de marfim sobre a mesa. Era um jogo de poder, de inteligência, de duplo sentido carregado de desejo. Ele desafiou-me para uma partida de xadrez. Cada movimento das peças era um flerte, cada captura um toque roubado. O ar ficou pesado e doce com o perfume do seu oud e da minha ansiedade.
“Xeque-mate,” ele sussurrou, finalmente, seus dedos repousando sobre o meu pulso, enviando um choque elétrico através do meu corpo.