Gabriel Phoenix makes Ricky Hard his personal slut
O mundo de Gabriel Phoenix era feito de fumaça e suor. Ele era o dono e bartender principal do “Ashes”, um bar intimista escondido em um beco, conhecido por seus coquetéis que eram mais poesia alcoólica do que bebidas. Gabriel, ou “Phönix” para os íntimos, tinha tatuagens que contavam histórias nas mangas e um olhar que parecia carregar o peso de todas as confissões que já ouvira sobre o balcão de madeira escura.
O mundo de Ricky Hard era barulho puro. Ele era o vocalista de uma banda de punk rock underground, “Hard Impact”, cujo lema era “quebre tudo, inclusive seu coração”. Ricky era energia bruta, um furacão de coturnos, jaqueta de couro cravejada de alfinetes e uma voz rouca que podia ser um urro de revolta ou um sussurro vulnerável, dependendo da música.
O “Ashes” não era o tipo de lugar que Ricky frequentaria. Era quieto demais, pensativo demais. Mas uma noite, após um show particularmente brutal onde a energia da plateia virou violenta, Ricky se encontrou vagando sem destino e empurrou a porta pesada do bar.
A atmosfera silenciosa o atingiu como um choque. Havia apenas o som suave de um jazz e o tilintar de um copo. Ele se encostou no balcão, a adrenalina ainda correndo em suas veias.
— Preciso de algo que apague o fogo — rosnou, sem olhar para o bartender.
Gabriel, sem se apressar, observou o homem diante dele. Viu a raiva, mas também a exaustão profunda por trás da maquiagem borrada. Em vez de um uísque puro, ele começou a misturar ingredientes. Um licor de pimenta, um toque de mel, suco de limão fresco e um clarificado de chá de ervas. Ele serviu a bebida em uma taça de vidro fino, de cor âmbar.
— “Fênix Ascendente” — disse Gabriel, sua voz era suave, um contraste total com a de Ricky. — Para quando você precisa renascer das próprias cinzas, não apenas se queimar.
Ricky encarou a bebida, depois encarou o homem. Bebeu um gole. Era complexo, picante no início, mas suave no final. Como um abraço após uma luta. Ele não conseguia encontrar suas palavras de protesto.
Ele voltou na noite seguinte. E na outra. Sempre depois dos shows. Gabriel nunca puxava conversa, apenas servia um coquetel diferente, sempre com um nome que parecia cutucar uma ferida que Ricky nem sabia que estava exposta. “Silêncio Estridente”. “Raízes no Asfalto”.
Ricky começou a falar. Sobre a fúria que o movia, sobre o vazio que sentia depois que as luzes do palco se apagavam. Gabriel apenas ouvia, limpando um copo, seu silêncio um convite seguro.
Uma noite, Ricky chegou e o bar estava fechado. A luz estava acesa. Ele viu Gabriel através da vitrine, sentado ao piano no canto, tocando uma melodia triste e bonita. Ricky bateu no vidro levemente.
Gabriel o deixou entrar. Em vez de ir para o balcão, Ricky se sentou no banco do piano, ao lado dele.
— Toca essa de novo — pediu Ricky, sua voz era apenas um sopro.




