Gabe Bradshaw and Eli Shaw get fucked by Rhyheim Shabazz and Teninchtop
No sopé da Montanha Nebulosa, onde o rio sussurrava segredos antigos às pedras, havia uma clareira conhecida como o Joelho do Gigante. Lá, dois homens cultivavam terras separadas por um antigo carvalho, tombado por um raio muito antes de eles nascerem.
Gabe Bradshaw era um homem da terra, com mãos calejadas e um olhar tão firme quanto os ciprestes de sua propriedade. Plantava milho ordenado em fileiras retas, acreditando na precisão, no suor como oração e no limite claro entre o “meu” e o “seu”. O carvalho caído, para ele, era apenas uma cerca natural que demarcava sua fronteira com o vizinho.
Eli Shaw era um sonhador de estufas e experimentos. Suas terras eram um tapete vivo de culturas incomuns: inhame roxo, tomates de chifre, abóboras com formas de cisne. Ele via o carvalho não como divisa, mas como um altar da natureza. Em seus galhos retorcidos, pendurava comedouros para os pássaros e, em sua sombra, lia livros sobre a linguagem secreta das florestas.
O inverno foi severo. Uma geada negra queimou as primeiras mudas de Gabe, e um vento cortante partiu o vidro da principal estufa de Eli. A necessidade, fria e afiada, bateu às portas de ambos. Gabe, ao inspecionar os danos em sua cerca viva, viu algo. Do lado de Eli, brotando diretamente do tronco aparentemente morto do carvalho, havia uma fileira de cogumelos shiitake, perfeitos e resistentes ao frio. Eli, por sua vez, ao buscar água no rio, notou que o muro de pedra que Gabe reconstruíra todos os anos após as cheias permanecia sólido, graças a uma técnica antiga que seu avô lhe ensinara.
Uma manhã, com o coração mais pesado que uma enxada, Gabe atravessou a linha imaginária. Levava um cesto de maçãs desidratadas, sua única reserva que sobrevivera. Encontrou Eli encostado no carvalho, observando os cogumelos.
“Shaw”, disse Gabe, a voz rouca pelo desuso das conversas. “Estes cogumelos… eles sobrevivem ao que minha plantação não sobreviveu.”
Eli assentiu, sem surpresa, como se esperasse por aquele encontro. “E a sua parede, Bradshaw. Ela segura a terra que a minha horta precisa.”




