FratX – Chenny, Seth Peterson, Steven Knox – Pledge Dat Ass

O aroma de café e livros velhos era a essência da “Páginas e Prosas”, a livraria que Chenny chamava de seu refúgio e seu mundo. Foi entre aquelas pilhas de livros que ela viu Seth Peterson pela primeira vez. Ele não estava procurando por best-sellers ou clássicos, mas sim por um guia obscuro sobre apicultura urbana. Chenny, com seu conhecimento enciclopédico do acervo, o encontrou na prateleira mais alta, na ponta dos pés. Ele, com seus olhos verdes e mãos calmas, a alcançou.

“Deve ser interessante manter abelhas na varanda de um apartamento,” ela comentou, entregando-lhe o livro.

“Menos solitário do que parece,” ele respondeu com um sorriso tímido.

Aquele foi o primeiro de muitos encontros. Seth era um silêncio tranquilo, um arquiteto que desenhava linhas retas, mas que admirava o caos organizado das colmeias. Chenny era uma tempestade gentil de palavras e sentimentos, uma contadora de histórias que encontrava narrativas em cada cliente que entrava na livraria. Eles se encaixavam no vácuo que um deixava para o outro. Ela o ensinou a ver a poesia nas entrelinhas; ele a ensinou a apreciar a beleza das estruturas, dos alicerces.

E então, havia Steven Knox.

Steven era o oposto de Seth em todos os sentidos. Onde Seth era reservado, Steven era expansivo. Um artista de rua cujas pinturas eram tão vibrantes e caóticas quanto sua personalidade. Ele entrava na livraria não para comprar, mas para “absorver as atmosferas”. E ele começou a absorver a atmosfera ao redor de Chenny.

Steven a convidava para ver o pôr-do-sol do telhado de um prédio abandonado, levava-a para comer comida de rua picante e falava sobre viajar pelo mundo sem um centavo no bolso. Com Steven, a vida era uma aventura imprevisível. Ele a fazia rir, a desafiava, e olhava para ela com uma intensidade que fazia o mundo ao redor desfocar.

Chenny se viu dividida entre dois amores, cada um representando uma versão diferente de si mesma. O amor por Seth era como sua livraria: seguro, aconchegante, um amor de finais de tarde tranquilos e mãos entrelaçadas em silêncio. Era a promessa de uma vida construída, tijolo por tijolo, com paciência e certeza.

O amor por Steven era como as pinturas dele: colorido, arriscado, um turbilhão de emoções que prometia histórias épicas, mas também a possibilidade de desmoronar. Era a atração perigosa pelo abismo.