Foda gostosa amadora no sogá – Torsten Ullman & Viggo Sorensen (Daniel Knight)

Era uma tarde quente de verão em Copenhague, e o sol refletia nos prédios de vidro ao redor do porto. Torsten Ullman, com seu físico atlético e cabelos loiros, caminhava com determinação pela trilha à beira-mar, respirando profundamente o ar fresco que trazia consigo o cheiro de sal. Ele estava treinando para a próxima maratona de resistência, sua paixão e seu maior desafio. Já estava acostumado com o cansaço e o suor, mas naquela tarde, algo parecia diferente.

Ele virou a esquina do cais e avistou uma figura familiar. Era Viggo Sørensen, seu amigo de longa data, com quem compartilhou muitos treinos e risadas. Viggo sempre fora mais calmo que Torsten, seu corpo igualmente sarado, mas com uma aura de serenidade que contrastava com a intensidade do amigo. Seus cabelos castanhos caíam sobre os olhos, e ele sorria enquanto ajustava os fones de ouvido. Como sempre, parecia estar em paz consigo mesmo.

Torsten se aproximou e, como de costume, cumprimentou Viggo com um toque amigável no ombro. Mas naquela tarde, quando Viggo olhou diretamente para ele, seus olhares se entrelaçaram de uma maneira diferente, mais profunda. Algo em seus olhos era novo, algo que Torsten não conseguia explicar.

“Pronto para o treino de hoje?” Torsten perguntou, forçando um sorriso, tentando esconder a inquietação que começava a crescer dentro dele.

“Claro, mas acho que vou precisar de uma ajuda extra para acompanhar seu ritmo, hein?” Viggo respondeu, com um sorriso despretensioso. Mas Torsten percebeu um leve brilho nos olhos dele, como se estivessem se desafiando sem palavras, mas com uma energia que só eles podiam entender.

Os dois começaram a correr lado a lado, como sempre faziam, mas o silêncio entre eles estava carregado de algo novo. Torsten sentia seu coração bater mais rápido, não por causa do esforço físico, mas pela proximidade de Viggo, pela maneira como o corpo de Viggo parecia estar em sintonia com o seu, de uma forma que nunca tinha notado antes. Ele tentava se concentrar na corrida, mas seus pensamentos constantemente voltavam para o sorriso de Viggo, para o brilho nos olhos dele.

Ao fim do treino, ambos estavam suados e cansados, mas não se afastaram. Pararam perto de um banco, respirando pesadamente. Torsten sentou-se e olhou para Viggo, que estava ligeiramente à sua frente, ainda com aquele sorriso calmo, mas agora um pouco mais pensativo.

“Torsten, tem algo que eu preciso te dizer”, Viggo disse, com um tom suave, mas sério.

Torsten se virou para ele, sentindo uma pontada de nervosismo. “O que aconteceu?”

Viggo hesitou por um momento, como se estivesse escolhendo as palavras certas. “Eu… eu venho sentindo algo diferente ultimamente. Não é só amizade, Torsten. Eu acho que… eu acho que estou apaixonado por você.”

As palavras pairaram no ar entre os dois, e Torsten sentiu o peso delas, mas também uma estranha sensação de alívio. Ele sempre soubera que havia algo especial entre eles, algo que não podia ser explicado facilmente. Mas nunca teve coragem de confrontar isso, até aquele momento.

“Eu também, Viggo”, Torsten respondeu, sua voz baixa, mas firme. “Eu sempre senti algo por você, mas nunca soube como dizer.”

Houve um silêncio confortável entre eles, e foi então que Viggo se aproximou, colocando a mão suavemente sobre a de Torsten. O toque foi simples, mas cheio de significado. O mundo ao redor deles desapareceu por um momento, e tudo o que existia era aquele instante de vulnerabilidade e confissão.

“Eu esperava que você sentisse o mesmo”, Viggo murmurou, antes de se inclinar levemente e selar o momento com um beijo suave, mas carregado de todas as emoções não ditas que ambos haviam carregado por tanto tempo.

Quando se afastaram, seus rostos estavam iluminados por um sorriso genuíno. Não havia mais espaço para incertezas. A amizade deles havia se transformado em algo novo, algo que ambos estavam prontos para explorar.

A partir daquele dia, Torsten e Viggo continuaram a treinar juntos, mas agora havia uma conexão ainda mais forte entre eles. O amor deles não se baseava apenas no físico ou na rotina, mas no entendimento profundo que compartilhavam, nas conversas silenciosas e nos gestos sutis que falavam mais do que mil palavras.

E assim, o amor deles floresceu, entre os treinos e as corridas, mas também nas pequenas coisas do dia a dia, criando uma história que nenhum deles jamais imaginara, mas que ambos sabiam que era a mais verdadeira que poderiam viver.