Fallandark, Kai Meloni – From Photoshoot to Raw Fucking and Facial

O crepúsculo em Fallandark não era como em qualquer outro lugar. O sol não se punha; ele se dissolvia em névoas cor de âmbar e roxo, pintando o céu de cores que não tinham nome. Era um reino de sombras sutis e luzes fantasmagóricas, um lugar onde o tempo parecia se mover devagar, se é que se movia. E era o domínio absoluto do próprio Fallandark. Ele era uma figura tão etérea quanto seu reino, um homem de fala mansa e passos silenciosos, que parecia ser feito da própria névoa crepuscular. Seu castelo não era de pedra, mas de árvores antigas entrelaçadas e vidro fumê, que refletia a paisagem onírica ao seu redor. Ele era um rei de melancolia tranquila, um guardião da beleza sombria.
Um dia, um clarão dourado e violento rasgou o céu de Fallandark. Era uma carruagem em chamas, despencando do céu como um meteoro. Ela crashou na Floresta dos Sussurros, quebrando o silêncio eterno com um estrondo de metal torcido.
Dentro da carruagem, ileso mas atordoado, estava Kai Meloni. Ele era o oposto de tudo em Fallandark. Usava trajes de couro dourado, seu cabelo era claro como o trigo e seus olhos, da cor do céu ao meio-dia, brilhavam com uma energia inquieta. Ele era um príncipe-aviador do Reino Solar de Helió, um explorador incansável cuja missão era mapear rotas pelos céus e trazer a “luz do progresso” para os cantos obscuros do mundo. Sua nave era movida a cristais solares, pura energia bruta e barulhenta.
Fallandark chegou ao local do acidente não com um exército, mas com uma curiosidade silenciosa. Ele encontrou Kai tentando, em vão, reacender os cristais carbonizados de sua nave.
— Sua luz é muito barulhenta — observou Fallandark, sua voz um quase sussurro que parecia vir das próprias árvores.
Kai saltou, surpreso pela aparição silenciosa do homem. — Barulhenta? Ela é poderosa! É a energia do meu reino! Preciso consertá-la.
— Por quê? — perguntou Fallandark, genuinamente intrigado. — Para iluminar o que já é perfeitamente visível na penumbra?
Foi o início de um estranho convívio. Kai, impaciente e prático, via a beleza de Fallandark como algo passivo, que precisava ser “melhorado”. Fallandark via a energia de Kai como uma intrusão agressiva, mas não podia negar que aquela luz dourada, por mais brusca que fosse, era fascinante.
Kai tentou consertar sua nave. Fallandark observava, oferecendo água de riachos escuros e frutos que brilhavam no escuro. Ele mostrou a Kai como a verdadeira visão não vem da luz forte, mas de se acostumar com a escuridão. Mostrou-lhe cogumelos que iluminavam caminhos, vaga-lumes que pintavam histórias no ar e como as estrelas de Fallandark eram mais brilhantes e numerosas que em qualquer outro lugar.
Lentamente, a impaciência de Kai se transformou em admiração. Ele começou a ver as nuances, a perceber que a “escuridão” de Fallandark estava repleta de vida e cor. Ele aprendeu a ouvir os sussurros da floresta.
Fallandark, por sua vez, começou a se aquecer com a presença solar de Kai. O jeito otimista e determinado do príncipe era como um raio de sol aquecendo uma pedra fria. Ele descobriu que um pouco de luz não arruinava sua paisagem; criava contrastes mais bonitos.
Numa noite, sob um céu repleto de estrelas desconhecidas que Kai nunca vira em Helió, ele admitiu:
— Eu pensei que estava trazendo luz para a escuridão. Mas era a escuridão que estava me mostrando todas as luzes que eu não conseguia ver.
Fallandark olhou para ele, e um sorriso pequeno e raro iluminou seu rosto pálido.
— E eu pensei que a luz solar me cegaria. Mas ela apenas me mostrou novas cores na minha própria escuridão.
Kai estendeu a mão, e sua pele dourada parecia brilhar suavemente no crepúsculo perpétuo. Fallandark pegou sua mão, e seu toque era fresco como a noite.