Eros Manos and Owen Van Der West fuck

O vento soprava frio e insistente sobre as dunas da praia de Pyla, na Grécia, carregando consigo a areia fina que parecia dançar sob a luz do entardecer. Foi ali, no topo do mundo, que Owen Van Der West viu Eros Manos pela primeira vez.
Owen, um arquiteto holandês de cabelos cor de palha e olhos azuis cansados, estava ali para escapar. A pressão de Amsterdã, a exaustão dos projetos, a solidão silenciosa de seu apartamento à beira do canal – tudo isso parecia derreter-se perto do calor do Mar Egeu. Ele subira a duna mais alta para ver o pôr do sol, uma prática que se tornara ritual em sua semana na região.
Eros não estava lá para ver o sol. Estava sentado em uma pedra, com um bloco de esboço sobre os joelhos, capturando com carvão a agitação dramática do mar antes da tempestade que se anunciava no horizonte. Seus dedos, manchados de grafite, moviam-se com uma urgência febril. Seus cabelos escuros, rebeldes, caíam sobre sua testa, e seus olhos, cor de âmbar, focavam intensamente no papel, ignorando o mundo ao redor.