AmadorBarebackBoqueteVídeos Gays

Eddie Patrick and Damaged Bottom – Chapter 1

O armazém da “Patrick & Sons Salvage” era uma catedral de coisas quebradas. Empilhadas até ao teto, carcaças de carros, eletrodomésticos vintage e peças de máquinas formavam um labirinto de metal e memórias oxidadas. Eddie Patrick, neto do fundador, era o guardião daquele reino. Conhecia cada parafuso, cada história por trás de um farol partido. A sua vida era um ciclo de desmontar, classificar e dar um novo propósito ao que o mundo considerava lixo.

A peça mais recente a chegar foi um barco. Um pequeno veleiro de madeira, com o casco tão danificado que quase se partia ao meio. No livro de registos, Eddie anotou, com o seu lápis sempre atrás da orelha: “Damaged Bottom”.

Nos dias que se seguiram, Eddie dedicou-se ao barco com uma paciência que beirava a obsessão. Era o projeto mais difícil que já aceitara. A madeira estava podre, o convés vergado. Enquanto trabalhava, sussurrava para o barco, como se o encorajasse. “Vamos lá, Damaged Bottom. Tu ainda tens viagem pela frente.”

Era um trabalho solitário, até que, numa tarde, uma voz o interrompeu.

— Ele não te ouve, sabias?

Eddie ergueu os olhos. Um homem jovem, com roupas gastas e um olhar tão cansado quanto o mar depois de uma tempestade, estava encostado a uma pilha de pneus.

— Quem é o senhor? — Eddie perguntou, limpando as mãos num pano sujo.

— O dono. Do barco. — O homem aproximou-se, passando os dedos pela madeira lascada do casco com uma familiaridade dolorosa. — Costumava chamar-lhe ‘Lucky Star’.

O nome dele era Danny. E o barco, o “Damaged Bottom” de Eddie, era tudo o que lhe restava depois de uma tempestade que lhe tinha levado o barco de pesca do pai e quase a sua própria vida. Danny já não era o mesmo. Estava rachado por dentro, tal como o seu veleiro.

Eddie não disse muito. Apenas acenou com a cabeça e disse: — Senta-te. Podes ver.

Danny começou a aparecer todos os dias. Primeiro, só para observar. Depois, para ajudar. As suas mãos, que tinham estado paralisadas pela perda, começaram a lixar, a apertar, a polir. Eddie, o mestre em consertar coisas, ensinou-lhe a arte da paciência. E Danny, um homem que tinha perdido o rumo, ensinou a Eddie que algumas coisas não se consertam apenas com ferramentas.

Ele falava da água, do sal, do medo. Eddie ouvia, oferecendo silêncio e chá forte numa garrafa térmica. Era o encontro entre o remendo e a cicatriz, entre quem consertava objetos e quem precisava de se consertar a si mesmo.

A atração não foi um fogo de artifício. Foi como a cola epóxi que Eddie usava na madeira—lenta a secar, mas incrivelmente forte quando finalmente agarra.

O clímax aconteceu quando colocaram o barco, finalmente restaurado, de volta na água. O “Lucky Star” flutuou, dançando suavemente nas ondas como se nunca tivesse estado partido. Danny olhou para aquela visão, e pela primeira vez, os seus olhos não estavam cheios de dor, mas de espanto.

— Ele está pronto — sussurrou Eddie, ao lado dele.

Danny virou-se para ele, o rosto iluminado pelo reflexo do sol na água. — E eu? — perguntou, a voz a tremer ligeiramente.

Vídeos relecionados

Botão Voltar ao topo

BRASILEIROS FUDENDO 🔥

X