Dylan Tides and Levy Foxx fuck

O farol de Cedar Point era o refúgio de Dylan Tides. Ele herdara a solidão do pai, não o amor pelo mar. Enquanto consertava a mecanização enferrujada da luz rotativa, seus olhos, da cor de uma tempestade prestes a desabar, vagavam pela imensidão cinzenta. Era uma existência de rotina e silêncio, marcada apenas pelo rugido das ondas e pelo grasnar das gaivotas.

Até Levy Foxx.

Ela apareceu numa manhã de outono, uma explosão de cores contra o cenário monocromático da praia. Seus cabelos ruivos dançavam ao vento como fogo, e seus vestidos eram estampas de jardins secretos. Levy era uma ilustradora de livros infantis, e tinha o hábito desconcertante de conversar com as gaivotas e colecionar conchas com formato de orelhas.

Dylan a observava de longe, do alto do farol. Ela era um paradoxo, tão vibrante e fora de lugar quanto um arco-íris após um furacão. Incomodava sua quietude. Ao mesmo tempo, hipnotizava.

O primeiro encontro foi um acidente. Levy, distraída a perseguir uma borboleta azul, tropeçou em uma rede de cordas velhas perto da base do farol. Dylan, que estava lubrificando as engrenagens, ouviu o baque e o pequeno “ai!” que se seguiu. Desceu as escadas de ferro spiraldas com um coração acelerado, encontrando-a sentada na areia, rindo da própria desventura.

“Parece que as cordas não gostaram da minha coreografia,” disse ela, esfregando o tornozelo, seus olhos verdes piscando de divertimento, sem um traço de constrangimento.

Dylan, com suas mãos calejadas de óleo e sal, apenas estendeu a mão para ajudá-la. O toque foi um choque. Não era elétrico, era cálido, como encontrar um raio de sol em um dia gélido.

A partir daquele dia, a rotina de Dylan ganhou um novo ritmo. Levy começou a aparecer todas as tardes. Ela trazia sanduíches exóticos com ingredientes que ele nunca ouvira falar, e ele, relutantemente, compartilhava as histórias sombrias do mar que seu pai lhe contara. Ela falava sobre mundos de fantasia, sobre dragões feitos de nuvens e sereias que colecionavam suspiros. Ele ouvia, inicialmente cético, mas logo se vendo sorrindo com suas tiradas absurdas.