Dronedik and Rawr_ItsBen tag team Leo Grand (danceswithleos)

O mundo de Dronedik era feito de silêncio e linhas de código. Ele observava a vida através de uma tela, captando imagens aéreas com seus drones que ninguém mais via. Sua existência era solitária e meticulosa, até que um algoritmo, por acaso, o levou até a transmissão de *Rawr_ItsBen*.

Ben era um furacão de cores e sons. Seu quarto era um caos criativo, cheio de fantasias, luzes LED e uma energia contagiante. Ele não apenas jogava, ele performava, seu riso — um “rawr” genuíno — era a antítese de tudo que era o mundo silencioso de Dronedik. Dronedik se viu voltando toda noite, não pelo jogo, mas por aquele farol de alegria.

Ele nunca digitava “olá”. Em vez disso, começou a presentear Ben com visões. Enviava clips editados com perfeição das transmissões de Ben, sincronizados com música épica, mostrando momentos de glória que o próprio Ben havia esquecido. Eram obras de arte anônimas, assinadas apenas por “Dronedik”.

Ben, que se alimentava da interação direta, ficou intrigado com o espectador-fantasma. Num impulso, durante uma live, ele exclamou: “Dronedik, se você está aí, me mostre algo *seu*. Algo que você ame.”

O desafio ecoou na solidão de Dronedik. Na noite seguinte, ele não enviou um clip. Ele vinculou uma transmissão ao vivo diretamente de seu drone. A tela de Ben se encheu com uma visão deslumbrante: a cidade à noite, um tapete de diamantes sob a lua, voando sobre rios que refletiam as luzes como serpentes douradas. Era a alma de Dronedik, crua e bela, entregue a Ben.

Foi quando uma nova figura entrou na cena. *Leo Grand (danceswithleos)*, um dançarino famoso por seus movimentos fluidos que imitavam a graça de um felino, começou a comentar nas lives de Ben. Leo era sol e confiança, o oposto complementar de Dronedik. Ele não admirava Ben de longe; ele entrava na transmissão e dançava com ele, virtualmente, criando uma química instantânea e pública.

Dronedik assistiu, seu coração apertado, enquanto Ben e Leo se tornavam a dupla dourada da internet. Ele se preparou para recuar, acreditando que seu amor anônimo não tinha lugar contra a luz solar de Leo.

O que ele não sabia era que Ben guardava todos os seus vídeos em uma pasta especial chamada “Minha Galeria de Sonhos”.

Num sábado à noite, durante uma live especial com Leo, Ben fez um pedido estranho. “Leo, você pode dançar com… uma câmera?”

Leo, confiante como sempre, aceitou o desafio. “Claro. Para quem estou dançando?”

Ben sorriu para a câmera. “Para Dronedik.”

A tela se dividiu. De um lado, Leo Grand começou a dançar com uma intensidade hipnótica, seus movimentos uma narrativa de saudade e espera. Do outro lado, a transmissão ao vivo de Dronedik mostrou seu drone decolando. Ele não filmou a cidade. Ele voou até um campo aberto, onde havia disposto centenas de luzes de LED no chão. Conforme a dança de Leo fluía na tela, o drone de Dronedik dançou no céu, e as luzes no chão se acenderam em sequência, formando um coração gigante e, dentro dele, dois nomes: “Ben & Dronedik”.

Era a sua dança. Uma coreografia de silêncio e tecnologia, uma resposta perfeita para o movimento e a música.

A live explodiu em frenesi, mas Ben só tinha olhos para a tela do drone. Com a voz embargada, ele sussurrou: “Eu sabia que era você. Sempre soube.”

Dronedik, em seu quarto escuro, finalmente digitou uma palavra no chat, pela primeira vez direcionada apenas a Ben: “Sempre.”

Leo Grand, terminando sua dança, sorriu para a câmera, um cupido digital que entendera sua missão. Naquela noite, três mundos diferentes — o silêncio dos céus, o caos da transmissão e a graça da dança — se alinharam para provar que o amor pode ser encontrado nas frequências mais inesperadas.