Drew Valentino fucks Chris Stewart – Part 1
O estúdio de Drew Valentino era um caos organizado. Rolos de tecidos nobres brocados, sedas que escorregavam como água e veludos profundos como a noite cobriam todas as superfícies. No centro, manequins vestiam esboços do que seria a nova coleção de inverno, pedaços de um sonho ainda não totalmente costurado. Drew, com os olhos ardendo de cansaço e os dedos ágeis marcados por alfinetes, ajustava a linha do ombro de um casaco estrutural. Estava quase. Faltava algo. O toque final, a assinatura. Ele sempre sentia essa falta nos momentos decisivos.
A porta do estúdio rangeu.
“A trincheira chegou,” anunciou Chris Stewart, entrando com uma pesada capa de lã militar vintage nos braços, um achado de suas intermináveis escavações em brechós e mercados de pulga. Seu cabelo estava despenteado pelo vento lá de fora, e trazia consigo o cheiro de café forte e dia chuvoso de Londres.
Drew deixou escapar um suspiro de alívio. Sempre era assim. Chris tinha um radar para o que faltava.
“Deixa eu ver,” disse Chris, aproximando-se. Seus olhos, práticos e atentos, percorreram o manequim enquanto ele enrolava a capa no ombro da figura silenciosa. Não era um gesto de estilista, era de narrador. Ele posicionou a peça não como um mero acessório, mas como um elemento de caráter. “Ela não vai usar isso perfeitamente. Vai estar um pouco torta, como se tivesse acabado de correr para pegar um tábu sob a chuva. Vida, Drew. Precisa de vida.”
Drew observou, e como por magia, a rigidez perfeita do conjunto se quebrou em algo narrativo, emocionante. Era exatamente isso. Chris Stewart, seu parceiro de vida e de negócios, era o antídoto para sua busca obsessiva pela forma perfeita. Drew criava mundos; Chris os povoa com histórias.
“Como foi no mercado?” Drew perguntou, finalmente afastando-se do manequim, o problema resolvido.
“Encontrei umas medalhas da Segunda Guerra e um vendedor que me contou a história de cada uma por meia hora. Comprei todas, claro,” Chris respondeu, sacando os pequenos objetos do bolso. “Servem para aquele colete tático que você desenhou na terça.”
No final daquela longa noite, a coleção estava pronta. As peças não eram apenas roupas; eram vestígios de pessoas imaginárias, criadas por quatro mãos. Drew, com sua precisão de mestre ourives do tecido, e Chris, com seu olhar de arqueólogo do cotidiano.
Na véspera do desfile, enquanto os modelos se agitavam nos bastidores, Drew ficou paralisado por uma dúvida súbita. “Está coerente? Conta uma história?”




