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Dillon Cassidy and Miguel Rey fuck

O bar “The Rusty Anchor” cheirava a cerveja derramada e mar. Era o tipo de lugar onde os sonhos iam para morrer, ou pelo menos para tomar uma dose de uísque antes do último round. Foi nesse cenário de derrota que Miguel Rey viu Dillon Cassidy pela primeira vez.

Dillon estava no palco minúsculo, sob um único holofote que parecia mais interessado em iluminar a poça no chão do que seu rosto. Ele não cantava — ele confessava. Sua voz, áspera como lixa e doce como mel velho, arranhava versos sobre estradas perdidas, amores que doíam mais na lembrança do que no adeus, e a solidão de um motel barato às três da manhã. A guitarra era um sussurro triste em seus braços.

Miguel, sentado no canto mais escuro do bar, sentiu cada palavra como um soco. Ele era um realista. Um ex-repórter que trocara as manchetes de jornal por releases corporativos, acreditando que tinha enterrado a própria sensibilidade sob uma pilha de fatos e cinismo. Aquele homem no palco, com seus olhos azuis nublados por alguma dor antiga, estava desenterrando tudo com uma força brutal.

Na pausa, Miguel se aproximou. A mão de Dillon, ao pegar o copo de uísque que ele oferecia, tremia levemente.
— Suas músicas… — Miguel começou, sem saber como terminar.
— São só canções — Dillon cortou, a voz um eco rouco da que estava no palco.
— Não são — Miguel insistiu, o repórter dentro dele farelando a verdade. — Elas são muito verdadeiras para serem ‘só’ qualquer coisa.

Foi o início de um estranho tango. Dillon, um furacão de inseguranças e talento bruto, que se escondia atrás de letras cifradas e doses de bourbon. Miguel, uma fortaleza de pragmatismo, que descobriu ter muralhas de areia quando se tratava daquele cantor amaldiçoado.

Miguel começou a frequentar todos os shows. Levava Dillon para comer depois, ouvindo as histórias por trás das músicas. Descobriu que a cicatriz na sobrancelha de Dillon era de uma briga em um bar no Texas, e que a letra de “Dusty Wheels” era sobre o pai que ele nunca conheceu. Miguel, por sua vez, começou a escrever de novo. Não eram releases. Eram poemas ruins, escondidos no fundo de uma gaveta, tentando capturar a cor dos olhos de Dillon sob a luz do entardecer.

A atração era um fio elétrico entre eles, vivo e perigoso. Mas Dillon era um pássaro migratório com asas quebradas, e Miguel tinha medo de ser apenas outro porto seguro temporário.

A virada aconteceu depois de uma noite terrível. Dillon tinha bebido demais e cantado mal, sua voz quebrando no meio de um verso. Ele fugiu do bar, envergonhado. Miguel o encontrou na praia, sentado na areia fria, encarando o mar negro.

— Eu não presto, Rey — sussurrou Dillon, a voz um fio de vento. — Eu sou uma fraude. Toda essa dor de cantor… às vezes eu acho que eu finjo só para ter o que cantar.

Miguel se sentou ao seu lado, seus ombros se tocando.
— Você é a pessoa mais real que eu já conheci — disse ele, a voz mais suave do que jamais fora. — E sua dor é real. Mas ela não te define. Ela é só… uma das notas da sua música.

Dillon virou o rosto para ele. Na penumbra, seus olhos brilhavam com lágrimas não derramadas.
— E o que mais me define, então, na sua opinião de ex-repórter?

— A sua coragem de subir no palco toda noite, mesmo aterrorizado. A sua teimosia. O jeito que você rouba pacotes de açúcar do diner e guarda no bolso como se fossem tesouros. — Miguel parou, o coração batendo forte no peito. — O jeito que você me faz querer acreditar em coisas em que eu parei de acreditar há muito tempo.

Dillon não disse nada. Em vez disso, ele fechou a distância entre eles. O beijo não foi doce nem suave. Foi salgado com lágrimas e promessas não feitas, cheio do gosto amargo do uísque e do doce sabor de um novo começo. Sobre suas cabeças, as estrelas perfuravam o veludo da noite, testemunhas silenciosas.

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