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Dean Michaelz and Hayden Hunter fuck

Na cidade universitária de Ravenswood, a velha Biblioteca Halloway era um monumento ao esquecimento. Um labirinto gótico de sombras, poeira e o peso de mil histórias não lidas. Para **Dean Michaelz**, era o paraíso. Estudante de doutorado em Literatura Gótica, ele era um homem que se confortava mais com fantasmas de papel do que com pessoas. Seu mundo era feito de notas de rodapé, manuscritos antigos e a quietude solene das estantes altas. Ele frequentava a Halloway não por obrigação, mas por devoção, um eremita secular entre santos de madeira e tinta.

**Hayden Hunter** era seu oposto absoluto. Produtor do canal de true crime *”Cacerias Urbanas”*, Hayden era energia pura, um vendaval de câmeras, luzes LED e perguntas incisivas. Ele caçava histórias, mas as que tinham o cheiro de sangue real, mistério não resolvido e tragédia humana. Para ele, a Biblioteca Halloway era apenas um cenário potencialmente assombrado, o pano de fundo perfeito para um episódio sobre a “Lenda do Bibliotecário Desaparecido” – um mito local que ele achava patético. Ele entrava na biblioteca como um cirurgião entra num necrotério, com luvas de latex e uma intenção de dissecar.

Seus mundos colidiram numa tarde chuvosa. Hayden, com sua pequena equipe, montou luzes no corredor principal, perturbando a luz âmbar e poeirenta que Dean tanto amava. A câmera apontava para Hayden, que fazia uma introdução melodramática.

“—e aqui, entre estas paredes que guardam mais segredos do que conhecimento, uma figura desapareceu sem deixar rastro em 1973. Seria um crime passional? Um acidente trágico escondido entre estas estantes? Ou… algo mais *sobrenatural*?”

Dean surgiu de trás de uma pilha de livros, como um fantasma irritado. “Ele não *desapareceu*,” corrigiu, sua voz suave carregada de uma autoridade inesperada. “Ele se demitiu. Mudou-se para Portland para abrir uma livraria de usados. Está vivo. Tem uma página no Facebook cheia de fotos de gatos.”

Hayden congelou, a fala interrompida. A equipe baixou as câmeras. “Como você sabe disso?”

“Pesquisa,” disse Dean, simplesmente, erguendo o livro de registros de funcionários de 1970-1980 que carregava. “Ao contrário de você, eu leio as fontes primárias antes de inventar as secundárias.”

A princípio, Hayden viu em Dean um obstáculo, um *nerd* esnobe. Mas, à medida que Dean desmontava metodicamente cada “mistério” que Hayden tentava construir — o som assustador era o cano do aquecedor, a sombra era de uma estátua mal posicionada, a mancha no tapete era café de 1998 — Hayden começou a sentir não raiva, mas uma curiosidade profunda. Aquela biblioteca tinha um verdadeiro guardião, um homem que conhecia cada centímetro de sua história real. E, talvez, uma história real fosse mais interessante do que uma fantasia inventada.

“Está bem,” Hayden capitulou, desligando o microfone. “Você venceu. Não há fantasma. Só um monte de livros velhos e um sujeito que sabe demais.”

Dean quase sorriu. “Aqui não. Mas isso não significa que Ravenswood não tenha seus segredos.”

Foi uma oferta de trégua. E uma isca. Hayden mordeu.

Dean se tornou o guia não oficial de Hayden pela verdadeira história oculta de Ravenswood. Não através de fantasmas, mas de arquivos municipais empoeirados, diários de fundadores esquecidos, e os segredos mundanos que eram muito mais estranhos que qualquer ficção: o escândalo de propina da prefeitura dos anos 50, escondido em atas de reuniões codificadas; o caso de amor proibido entre duas professoras pioneiras da universidade, revelado em cartas trocadas nos livros que elas doavam; o mistério do *mural* desaparecido do saguão da prefeitura, pintado por um artista anarquista.

Hayden, por sua vez, deu vida às descobertas de Dean. Ele transformou a pesquisa meticulosa em narrativas visuais cativantes. O episódio “O Caso das Cartas nas Capas Duplas” foi um sucesso viral. Eles formaram uma parceria improvável: **Dean Michaelz, o Arqueólogo do Papel**, e **Hayden Hunter, o Contador de Histórias Digitais**.

O último projeto deles foi o maior. Dean encontrou referências a uma cápsula do tempo enterrada sob a fundação da antiga prefeitura em 1899. Hayden mobilizou sua audiência e conseguiu as autorizações da cidade. O dia da escavação foi transmitido ao vivo.

Quando a caixa de cobre enferrujada foi finalmente aberta, não havia ouro nem documentos revolucionários. Havia uma coleção de objetos simples: uma chave, um botão de madrepérola, um poema manuscrito e amarrotado, uma foto desbotada de um grupo de trabalhadores sorridentes. Para o público, talvez fosse anticlímax.

Mas a câmera de Hayden focou em Dean, que segurava o poema com luvas brancas. Suas mãos tremiam ligeiramente. Ele traduziu a caligrafia elaborada para a câmera: “*Para os que vierem depois: encontramos nossas histórias pequenas demais para a posteridade. Então lhes deixamos isso: prova de que estivemos aqui, vivemos, amamos coisas simples, e esperamos que vocês também o façam. Assinado: Os Esquecidos de 1899.*”

Hayden não precisou fazer uma narração dramática. O silêncio, o olhar de reverência de Dean para os objetos insignificantes, contou uma história mais poderosa do que qualquer crime ou fantasma. Era a história da memória, frágil e teimosa.

No final da transmissão, com a cápsula selada para ser levada a um museu, Hayden olhou para Dean, agora iluminado não pelas luzes LED de caça a fantasmas, mas pelo sol fraco da tarde.

“Então, professor,” disse Hayden, com um respeito novo em sua voz. “Qual o próximo arquivo?”

Dean ajustou os óculos, um verdadeiro sorriso finalmente surgindo em seus lábios. “Tenho uma pilha de recibos de uma taverna do século 19 que contam uma história interessante sobre contrabando de… chá.”

E em Ravenswood, os fantasmas de verdade, aqueles feitos de vidas comuns e amor por detalhes, finalmente tinham encontrado seus caçadores. Só que, agora, o caçador e o guardião eram a mesma pessoa.

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