David Hollister (Liam Efron) and Troy Jennings fuck
O estúdio de gravação cheirava a café velho e poeira antiga. David Hollister, com seus olhos cansados e cabelo desgrenhado, observava as paredes forradas de placas de ouro que já não significavam nada. Ele era um produtor musical à beira do esquecimento, preso a um passado que não pagava mais as contas.
A porta abriu-se com um rangido, deixando entrar a luz fraca do corredor. Era Troy Jennings, um jovem cantor que David havia sido praticamente obrigado a mentorar por um favor de um amigo. Troy era tudo o que David não era mais: vibrante, cheio de sonhos e com uma energia que doía nos olhos de David.
“Trouxe um novo arranjo para ‘A Farsa’, David. Acho que você vai gostar”, disse Troy, pousando sua guitarra no estande.
David apenas grunhiu, tomando um gole de seu café amargo. “Poupa-me, Jennings. Tudo soa igual agora. É tudo algoritmo e refrão cativante.”
Troy ignorou o comentário, como sempre. Ele começou a tocar. E, para surpresa de David, era diferente. A melodia era complexa, melancólica, com uma honestidade crua que ele não ouvia há anos. Era a antítese de tudo que o mercado pregava.
David ficou em silêncio, a xícara esquecida em suas mãos. Ele olhou para Troy, realmente olhou, e viu não a arrogância juvenil, mas uma vulnerabilidade teimosa.
“Para,” David disse, sua voz mais suave do que ele pretendia. Troy parou, os dedos congelados nas cordas.
David levantou-se e caminhou até o console de som. “O teu problema, Troy, é que estás a tentar soar como um artista. Soa como um humano.”
Ele passou as horas seguintes fazendo o que fazia de melhor: esculpindo o som. Guiou Troy a esquecer as técnicas e a cantar a partir daquele lugar frágil que ele tinha medo de mostrar. Mostrou-lhe como a pausa entre as notas era tão importante quanto as próprias notas. Foi um dueto de almas desgastadas – a experiência cinza de David e a esperança crua de Troy.




