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Davi Paxiao and Rico Vega fuck

O mundo de Davi Paxiao era silencioso e metódico. Como taxidermista e cuidador do pequeno Museu de História Natural da cidade, seus dias eram passados entre animais imóveis, etiquetas de catalogação e a poeira fina do passado. Suas mãos, incrivelmente delicadas, restauravam asas de borboletas e alisavam a pele de um lobo-guará com a mesma paciência eterna. Ele era um guardião daquilo que já não tinha mais vida.

O mundo de Rico Vega era um furacão de som e movimento. Como líder de uma trupe de carnaval de rua, sua vida era uma explosão de tambores, passos de samba e purpurina. Ele vestia cores que desafiavam o sol, e seu riso era mais alto que o surdo de sua bateria. Rico era a personificação da vida que pulsa, do agora, do corpo em êxtase.

O destino deles morava no mesmo prédio antigo no centro da cidade. Davi no térreo, com uma porta discreta que levava aos seus corredores silenciosos. Rico no último andar, cuja varanda era um convite permanente à festa.

Seus caminhos se cruzaram numa madrugada de terça-feira. Rico, descendo as escadas após um ensaio, encontrou Davi sentado no degrau do saguão, segurando um beija-flor minúsculo que havia batido na vidraça e caído sem vida. Davi o segurava com uma tristeza tão profunda e quieta que Rico parou, o barulho em sua alma se aquietando por um instante.

— Dá pra consertar? — Rico perguntou, sua voz um baixo suave, estranhamente ausente da algazarra habitual.

Davi ergueu os olhos, surpreso por não ser incomodado pela intrusão.
— Não deste jeito. Só posso preservá-lo. Dar a ele uma eternidade de museu.

Rico se sentou ao seu lado, no degrau de mármore frio. Pela primeira vez, ele não tinha uma piada, uma música ou uma dança para oferecer. Só o seu silêncio. E aquele silêncio compartilhado, cheio da dor de uma pequena morte e do calor de um corpo vivo ao lado, foi o início de tudo.

Davi começou a ir aos ensaios no terraço. No início, era apenas um espectador na sombra, mas aos poucos, o ritmo entrou em seu sangue. Rico, por sua vez, começou a visitar o museu nas horas vagas. Ele via Davi trabalhar e entendia que aquele não era um trabalho com a morte, mas um ato de amor profundo pela forma, pela beleza que um dia existiu.

Rico trouxe cor para a vida monocromática de Davi. Davi trouxe uma calma serena para o coração turbulento de Rico.

Num sábado de carnaval, com a cidade em frenesi, Rico puxou Davi para o meio da multidão. Davi, que sempre observava a vida de longe, estava agora no centro dela, envolto em cores e música. Rico olhou para ele, seus olhos brilhando sob as luzes, e viu não o homem quieto do museu, mas o homem que tinha aprendido a dançar.

— Você não está tentando me preservar num museu, Paxiao? — Rico gritou sobre a música, um sorriso aberto no rosto.

Davi, com uma coragem que não sabia ter, encostou a testa na de Rico, num gesto íntimo no meio da multidão.

— Não — ele sussurrou, suas palavras sumindo no barulho, mas chegando ao coração de Rico. — Estou aprendendo a viver contigo.

E naquele momento, entre o suor e a purpurina, o guardião do passado e o sacerdote do presente se encontraram. Davi não queria preservar Rico; ele queria viver cada batida do seu tambor. E Rico não queria apenas a festa de Davi; ele queria a quietude entre um compasso e outro, onde apenas eles existiam. Juntos, descobriram que o amor era a arte perfeita de honrar o que foi e celebrar o que é.

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