Danny Delano fucks Luca Ambrose and leaves him with a facial

O aroma de café e baunilha era a trilha sonora da livraria “Páginas Encantadas”. Luca Ambrose arrumava os livros na prateleira de clássicos, seus dedos deslizando com familiaridade sobre as lombadas gastas. Era um ritual tranquilo, até que a campainha da porta tilintou de forma mais estridente que o normal.
Danny Delano entrou como um furacão de jeans desbotado e ansiedade. Seus olhos, da cor do céu antes da tempestade, percorreram as estantes com uma urgência que fez Luca olhar intrigado.
“Precisa de ajuda?” Luca perguntou, sua voz um sussurro calmo no caos que Danny parecia carregar.
“Sim. Não. Talvez,” Danny respondeu, correndo a mão pelos cabelos castanhos desalinhados. “É para a minha irmã. Ela adora romances de época, daqueles com cartas de amor e olhares proibidos sobre a xícara de chá.”
Luca não conseguiu conter um sorriso. “Um conhecedor de olhares proibidos sobre o chá, então. Siga-me.”
Ele levou Danny até uma seção aconchegante perto da janela. Enquanto explicava a diferença entre Austen e as irmãs Brontë, notou que Danny não olhava para os livros, mas para suas mãos, para a forma como seus lábios se moviam. E Luca, por sua vez, notou a pequena cicatriz acima do sobrancelho de Danny e o jeito desajeitado como ele segurava o volume, como se fosse um pássaro frágil.
Danny comprou “Razão e Sensibilidade”. E voltou no dia seguinte, dizendo que sua irmã havia devorado o livro e queria mais. Dessa vez, a pergunta era sobre poesia.
“Poesia é perigoso,” Luca brincou, levando-o até o fundo da loja. “Ela fala diretamente com a alma.”
“Minha irmã tem uma alma resistente,” Danny retorceu, mas seu olhar estava fixo em Luca.
Na terceira visita, Danny não trouxe nenhuma desculpa sobre a irmã. Estava simplesmente lá, com dois capuccinos na mão e um nervosismo transparente.
“Desculpe,” ele disse, entregando um dos copos para Luca. “Acho que minha irmã fictícia ficou sem ideias de leitura.”
Luca aceitou o café, seus dedos se encontrando brevemente com os de Danny. Um choque suave percorreu seu braço.
“E a irmã dele?” Luca perguntou, tomando coragem para encarar aqueles olhos tempestuosos.
“Inexistente,” Danny admitiu, um sorriso tímido surgindo em seus lábios. “Eu… eu só gosto de falar com você. De te ouvir falar sobre livros. Sobre tudo.”
As visitas tornaram-se diárias. As conversas, que iam de Victor Hugo até a melhor receita de bolo de chocolate, se aprofundavam. Luca descobriu que Danny era um artista, que preenchia cadernos com esboços de pessoas no metrô e que sua urgência era apenas o medo de perder os detalhes bonitos do mundo. Danny descobriu que Luca escrevia poemas secretos nas orelhas dos livros, pequenos versos que só seriam encontrados por alguém realmente atento.
O amor deles não foi um raio em um céu azul. Foi como a chegada do outono: um resfriamento gradual do ar, uma mudança de cores sutil e constante, até que você olha para fora e percebe que a paisagem está irremediavelmente, lindamente, transformada.
Foi em um desses dias tranquilos, com a luz do entardecer banhando a livraria de ouro, que Danny pousou seu caderno de esboços no balcão. Ele estava aberto em uma página nova. Não era um esboço de estranhos, ou de paisagens urbanas. Era Luca, reclinado sobre o balcão, com um livro nas mãos, um sorriso tranquilo nos lábios. Cada traço era feito com uma precisão que só o amor verdadeiro consegue capturar.
Luca olhou para o desenho, e depois para Danny. Nenhum deles precisou dizer nada. As palavras, afinal de contas, às vezes são insuficientes.
Danny estendeu a mão, e Luca tomou-a. Seus dedos se entrelaçaram, encontrando um encaixe perfeito, como duas páginas do mesmo livro, finalmente unidas após uma longa espera na prateleira. O mundo lá fora continuava seu ritmo alucinante, mas dentro da “Páginas Encantadas”, naquele pequeno reino de papel e tinta, eles tinham encontrado uma história só deles. E ela mal havia começado.