Dane Jaxson getse fucked by Boys2Breed (BoysToBreed)

A cidade de Neópolis não dormia. Seus arranha-céus refletiam luzes em frequências projetadas para acalmar ou estimular, e os cidadãos navegavam por corredores de realidade aumentada em busca da próxima experiência perfeita. Em meio a esse turbilhão controlado, dois fenômenos eram opostos magnéticos.

Dane Jaxson Getse era um String-Puller, um artista da realidade sutil. Trabalhava com “Fios Imperfeitos” – falhas quase imperceptíveis no código de realidade de Neópolis. Um delay de nanossegundo em um holograma publicitário, um eco de som em uma zona de silêncio, um reflexo que mostrava uma versão passada de um local. Dane isolava, ampliava e tecia essas falhas em instalações imersivas. Seu trabalho não era visto; era senti-do, uma coceira na percepção que lembrava às pessoas que a realidade era uma tapeçaria frágil. Ele era um fantasma no sistema, celebrado por uma elite intelectual que apreciava sua arte sutil e subversiva.

Do outro lado do espectro estavam Boys2Breed (ou BoysToBreed, como os fãs mais antigos insistiam em chamar). Não era um grupo, era um evento. Uma dupla de performers hipercinéticos – Kael, com seus membros alongados e movimentos de quebra-cabeça ósseo, e Rio, uma tempestade de energia bruta e carisma contagioso. Eles não usavam falhas no sistema; eles eram um vírus de pura vitalidade biológica. Seus shows eram orgias coreografadas de suor, batidas cardíacas amplificadas e uma celebração explícita da forma física e da reprodução como ato criativo supremo, uma provocação direta à sociedade estéril e digital de Neópolis. Eles não eram apenas vistos, eram consumidos com fúria devota.

Seus mundos colidiram na “Galeria do Vazio”, um espaço branco e asséptico que encomendou a Dane uma nova peça. A instalação de Dane, chamada “Eco de Geração”, era sua obra mais ambiciosa: ele havia capturado o “fio imperfeito” do sussurro genético, o eco quase apagado do instinto reprodutivo nas mentes dos cidadãos de Neópolis. Quem entrava na sala sentia um calor no baixo ventre, ouvia batidas de coração que não eram suas, uma nostalgia por um contato que nunca havia experimentado. Era sutil, perturbador e profundamente melancólico.