Damaged Bottom Gets Fucked By Muscle Guy Bruno Turbo – RFC

O som era sua vida. O ronco dos motores, o chiado dos pneus, o grito da britadeira. **Bruno Turbo** era o melhor mecánico da oficina “Velocidade Máxima”, um gênio com as mãos calejadas que conseguia ouvir o problema de um carro só pelo seu gemido. Suas roupas sempre tinham um leve cheiro de gasolina e óleo, e seus dias eram marcados pelo ritmo frenético do box. Era um mundo de metal, suor e urgência, onde sentimentos eram um luxo para o qual ele não tinha tempo.
Até que o silêncio o encontrou.
Foi em uma livraria pacata, um lugar que ele entrou por acaso, buscando um manual de instruções obscuro. O ar cheirava a papel velho e tranquilidade. E no meio daquele mundo sem pressa, ele viu **Elara**. Ela estava em pé, na seção de poesia, completamente imóvel, os olhos fixos em uma página aberta. Um raio de sol da tarde iluminava seus cabelos castanhos, e ela parecia uma figura fora do tempo, uma pausa na sinfonia barulhenta da vida de Bruno.
Ele, acostumado a consertar coisas com ferramentas, não sabia como consertar o turbilhão que sentiu no peito. Pela primeira vez em anos, não havia ruído suficiente para abafar seus próprios pensamentos.
Nos dias seguintes, Bruno voltou à livraria. Não para comprar nada, apenas para vê-la. Ele a observava recomendar livros com uma voz suave que acalmava até os clientes mais ansiosos. Ele, o mestre da comunicação não-verbal dos motores, era agora um aprendiz da linguagem humana.
Um dia, ele encontrou coragem. Aproximou-se, suas botas manchadas de graxa fazendo um contraste gritante com o piso de madeira claro.
“O meu… o meu carro está fazendo um barulho estranho”, ele disse, a voz mais rouca do que o normal. “Um rangido, mas só quando eu viro à esquerda.”
Elara ergueu os olhos do livro, um sorriso gentil nos lábios. “Aqui nós só consertamos almas, não carros. Mas talvez eu possa recomendar uma leitura para o rangido.”
Ela lhe entregou um pequeno livro de poemas sobre jornadas. Bruno, que entendia tudo sobre pistões e válvulas, não entendeu uma palavra daqueles versos. Mas entendeu o gesto.
Aos poucos, o mundo de Bruno Turbo começou a abrandar. Ele aprendia a ouvir não apenas o que quebrava, mas o que permanecia em silêncio. E Elara, por sua vez, descobria a beleza na linguagem prática daqueles que consertam o mundo com as mãos. Ela via a poesia na precisão com que ele descrevia o funcionamento de um motor, na paciência para desmontar e montar peças.
O amor deles não foi um ronco de motor. Foi o silêncio perfeito entre uma batida e outra do coração, o momento em que o ruído cessa e você finalmente ouve a melodia que sempre esteve lá. Bruno descobriu que a maior velocidade não era na reta, mas na curvas que se tomam devagar, de mãos dadas.