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Daddy Dean Owns Sinn – Dean Michaelz, Taylor Sinn

O vento soprava frio nas ruas de Dublin, mas dentro do “The Rusty Fiddle”, o pub era um casulo de calor e luz. Dean Michaelz estava encostado no balcão de madeira desgastada, seus dedos manchados de tinta enrolando-se num copo de uísque barato. Ele era um artista de aluguer, pintando retratos para turistas em troca de uns trocos, sonhando com uma tela em branco que fosse só sua.

Foi então que a porta se abriu, trazendo consigo uma rajada de ar gelado e Taylor Sinn.

Taylor não entrava; invadia. Cabelos cor de fogo cortados de forma assimétrica, olhos que viam demasiado, e uma energia que parecia desafiar a quietude do lugar. Sentou-se no banco ao lado de Dean, pedindo um chá preto. Algo nela era áspero e ao mesmo tempo tremendamente frágil, como vidro soprado.

“Você parece alguém que perdeu algo,” disse Taylor, a voz um sussurro rouco que cortou o ruído do pub.

Dean riu, um som seco. “Só a minha inspiração. E você?”

“Ah, eu estou sempre a fugir de coisas. Diferença de estilo.”

Naquela noite, falaram por horas. Dean falou das suas telas vazias, do medo de nunca ser bom o suficiente. Taylor falou de estradas em fuga, de um passado que queimava como o cabelo que tinham. Havia uma honestidade brutal entre eles, uma entrega de feridas não cicatrizadas.

Começaram a encontrar-se todas as noites. Dean mostrou a Taylor o seu estúdio minúsculo, cheirando a terebintina e esperança. Taylor, por sua vez, mostrou a Dean uma Dublin que ele nunca vira – becos escondidos onde a luz do entardecer pintava os tijolos de ouro, e parques silenciosos sob a chuva fina.

Foi num desses parques, sob um chuvisco persistente, que Taylor parou de repente e apontou para um velho muro de pedra, coberto de musgo.

“Vê?” Taylor disse. “A beleza não está na tela perfeita, Dean. Está nas rachaduras. É por onde a luz entra. E por onde a vida escapa.”

A frase ecoou na mente de Dean durante dias. Na noite seguinte, ele não foi ao “The Rusty Fiddle”. Em vez disso, ficou no estúdio, diante de uma tela gigante e assustadoramente branca. E pintou. Não um retrato idealizado, mas a Dublin de Taylor – os becos, a chuva, a luz fugidia. E no centro, não um rosto definido, mas uma figura feita de energia e fogo, uma presença que era tanto tempestade quanto refúgio.

Quando Taylor voltou ao pub na noite seguinte, Dean não estava lá. Um frio familiar agarrou-se a Taylor. *Fuga*, sussurrou a velha voz na sua cabeça. *É isso que fazes. É isso que eles fazem.*

Mas então a porta abriu-se e era Dean, com os olhos cansados mas ardendo de uma luz que Taylor nunca vira. Ele pegou na sua mão – a primeira vez que se tocavam – e aquele simples contacto sentiu-se como uma âncora.

“Vem,” disse Dean.

Ele levou Taylor ao estúdio. A tela não estava virada para a parede. E quando Taylor a viu, o ar faltou. Lá estava a sua alma, não roubada, mas *entendida*. Toda a sua fuga, a sua dor, a sua beleza estranha e resiliente, transformada em algo eterno. Dean não pintara uma fuga; pintara um lar.

Taylor virou-se para ele, os olhos cheios de lágrimas que se recusavam a cair. “Dean Michaelz,” sussurrou, o nome soando como uma promessa antiga. “Tu não me pintaste a fugir.”

“Não,” ele respondeu, a voz suave. “Pintei-te a chegar a casa.”

E naquele estúdio, entre cheiros de tinta e verdade, Dean beijou Taylor. Não era um beijo de conto de fadas, mas de realidade crua. Sabia a uísque barato, chá preto e a coragem terrível de parar de fugir. Era um beijo que não prometia finais felizes, mas um começo honesto.

Taylor Sinn, a mestra da fuga, finalmente encontara algo pelo qual valia a pena ficar. E Dean Michaelz, o artista das telas vazias, finalmente encontrara a sua musa – não num ideal, mas nas rachaduras perfeitas de uma alma real. Juntos, eles não se completavam; encaixavam-se, como duas cores diferentes que, na tela, criam uma nova e corajosa verdade.

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