Daddy Benjamin Grey fucks sexy Luis Logan by the pool

Daddy Benjamin Grey não era pai de ninguém, pelo menos não biologicamente. O “Daddy” era um título de respeito e afeto, herdado de décadas como dono do “Grey’s”, um antiquário especializado em livros e objetos do século XX. O senhor Grey, com seus cabelos prateados penteados com rigor e seus coletes de tweed que cheiravam a cânfora e a papel antigo, era um guardião de histórias terminadas. Suas mãos, marcadas por veias salientes, tratavam cada primeira edição e cada disco de vinil rachado com a reverência de um sacerdote. Ele vivia no apartamento acima da loja, num mundo de silêncio empoeirado e nostalgia perfeitamente catalogada. A vida, para ele, era um elegante e melancólico epílogo.
Luis Logan era uma tempestade de novidades. Um artista de mapping e instalações digitais, ele projetava sonhos em fachadas de prédios antigos. Seu estúdio era um caos de cabos, computadores quentes e telas que brilhavam com simulações de galáxias e florestas tropicais crescendo sobre concreto. Luis acreditava que o futuro era uma tela em branco esperando para ser pintada com luz, e ele não tinha paciência para coisas que não podiam ser atualizadas, melhoradas ou hackeadas. Ele entrava no Grey’s por acaso, fugindo de uma chuva torrencial que ameaçava seus equipamentos.
A primeira impressão foi de choque cultural. Luis, com seu moletom com capuz e calças rasgadas, olhou para as prateleiras abarrotadas e soltou um “Uau, é um museu de coisas mortas”.
Benjamin Grey, ajustando os óculos na ponta do nariz, replicou sem levantar os olhos de um volume de Proust que restaurava: “Não, meu jovem. É um cemitério onde as coisas ainda respiram. Você apenas não sabe ouvi-las.”
Desafiado, Luis apontou para um rádio a válvula empoeirado. “O que esse velho rádio pode dizer que meu smartphone não pode?”
Benjamin, pela primeira vez naquele dia, sorriu com uma ponta de malícia. Caminhou até o aparelho, ligou-o e, após alguns segundos de estática, uma voz e uma música dos anos 40 emergiram, fracas, mas nítidas. Era um programa de uma guerra que Luis só conhecia pelos livros. “Ele diz exatamente o que disse em 1944. Sem updates, sem bugs, sem necessidade de Wi-Fi. É uma cápsula do tempo. Seu telefone será obsoleto em dois anos. Este rádio já é eterno.”




