Cuban DY, PoloxxxFans, Liam Galty and Ruslan Angelo group fuck
O estúdio de gravação “PoloxxxFans” era um caos organizado. Cabos serpenteavam pelo chão, telas brilhavam com waveforms verdes e o ar cheirava a café velho e criatividade. Era o reino de PoloxxxFans, o produtor musical mais requisitado da cena underground, um gênio irascível que escondia um coração sensível atrás de uma tela de laptop e uma nuvem de fumaça de vape.
Na cabine de gravação, separado por um vidro à prova de som, estava Cuban DY. Sua voz, um barítono aveludado que carregava a melancolia de Havana e a energia de Miami, era o instrumento perfeito para as batidas de Poloxxx. Eles eram um paradoxo: Cuban, carismático e solar; Poloxxx, recluso e intenso. Mas na música, eles se completavam de uma forma quase mágica.
– Não, DY, não é sobre força, é sobre entrega – disse a voz de Poloxxx, distorcida pelo intercomunicador. – Pensa em algo que você perdeu. Algo que dói lembrar.
Cuban DY fechou os olhos e cantou. E naquela tomada, a magia aconteceu. Quando abriu os olhos, viu Poloxxx olhando fixamente para ele através do vidro, não para a tela, mas para seus olhos. Era um olhar que desligou todos os equipamentos do estúdio por um segundo. O ar ficou pesado, carregado de uma tensão que não era mais apenas musical.
A porta do estúdio se abriu, quebrando o feitiço. Era Liam Galty, o empresário. Elegante, ambicioso e incrivelmente linear. Ele via Cuban DY não como um artista, mas como um produto, uma mina de ouro a ser explorada.
– A música está incrível, meninos – anunciou Liam, ajustando o relógio de pulso. – Perfeita para a nova campanha daquela marca de vodka. DY, você tem que brilhar. É o seu momento.
Cuban se sentia sufocado. O sucesso que Liam construía para ele era uma gaiola dourada. E cada olhar que trocava com Poloxxx nas sessões noturnas, cada toque acidental ao passar um fone de ouvido, só tornava as grades da gaiola mais visíveis.
A pressão aumentou. Liam marcou uma grande festa em um iate para celebrar o novo single. Foi lá que Cuban DY conheceu Ruslan Angelo.
Ruslan era um modelo de ascendência italiana, uma escultura grega viva com um sorriso fácil e olhos que prometiam aventuras sem complicações. Liam apresentou-os com um sorriso de satisfação. “Dois astros em ascensão,” ele disse. “A imprensa vai adorar.”
Ruslan era encantador. Era o oposto de Poloxxx: descomplicado, público, e obviamente interessado em Cuban. Era a persona perfeita para o mundo que Liam queria que Cuban habitasse.
Por semanas, Cuban se viu dividido entre dois polos. De um lado, Ruslan Angelo e o mundo glamoroso e superficial que ele representava. Do outro, PoloxxxFans e a conexão crua, autêntica e assustadora que eles compartilhavam no estúdio.
A gota d’água foi quando Liam exigiu que a próxima música fosse uma “fórmula de sucesso” genérica. Poloxxx, normalmente quieto, explodiu.
– Isso não é arte, é lixo industrializado! O DY é melhor que isso! *Eu* sou melhor que isso!
– Eu pago para você produzir, não para ter opinião! – Liam retrucou.
Cuban os observou discutir sobre seu futuro, seu som, sua alma, e percebeu que não aguentava mais. Naquela noite, ele foi até o estúdio vazio. Poloxxx estava lá, embalando seus equipamentos, o rosto marcado pela raiva e pela decepção.
– Estou indo embora – disse Poloxxx, sem olhar para ele. – Não posso fazer parte disso.
– Então não faça – a voz de Cuban ecoou suave no estúdio. Poloxxx se virou. – Faça parte de *mim*.
O silêncio que se seguiu foi mais eloquente que qualquer música. Cuban caminhou até ele, ignorando o coração batendo forte no peito.
– O Ruslan… – começou Poloxxx, seu olhar vulnerável.
– O Ruslan é o que o Liam, e o mundo, esperam de mim. Mas você… você é o que eu *quero*. É a melodia que eu ouço quando tudo ao meu redor fica em silêncio.
Poloxxx não disse uma palavra. Em vez disso, puxou Cuban para um abraço, enterrando o rosto no seu pescoço. Era o primeiro toque verdadeiro depois de meses de olhares e segundas intenções. Era sólido, real, e assustadoramente certo.
Na manhã seguinte, Cuban DY ligou para Liam Galty e despediu-se. A notícia abalou a indústria. Ele também deixou um bilhete para Ruslan Angelo, agradecendo pela diversão, mas explicando que seu coração já tinha dono.
Algumas semanas depois, um novo EP independente surgiu nas plataformas. A capa era uma foto borrada do estúdio “PoloxxxFans”. O produtor era creditado como PoloxxxFans. O artista, simplesmente, Cuban DY. A primeira música chamava-se “Entre Batidas e Silêncios”.
Eles não precisavam do mundo de Liam Galty ou da imagem perfeita de Ruslan Angelo. Eles só precisavam da música, do estúdio caótico, e um do outro. E, no final, era tudo que importava.




