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Cuban DY and Milo Feroz fuck – Harder Daddy – Part 2

O vento salgado do mar agitava os cabelos escuros de Cuban DY enquanto ele ajustava a rede de pesca. Seus olhos, acostumados com o horizonte infinito, fitavam a espuma das ondas quebrarem contra o rochedo abaixo do farol. Ele era o faroleiro, um homem de silêncios e rotinas, cujo mundo era aquele cilindro de concreto branco e a pequena casa anexa, encravada no penhasco.

Sua vida era o rugido do oceano, o grasnar das gaivotas e a luz rotativa que cortava a névoa todas as noites. Até que um dia, o silêncio foi quebrado não pela tempestade, mas pelo ronco de um motor.

Um jipe vermelho, poeirento e barulhento, estacionou no único pedaço de terra plana perto da estrada de acesso. Dele saltou Milo Feroz.

Milo era o oposto de Cuban. Trazia o caos consigo. Cabelos desalinhados de um louro quase sujo, roupas com tintas respingadas, e um sorriso largo e fácil que parecia desafiar a melancolia do lugar. Era um artista, veio capturar a “luz única do farol” para uma nova série de pinturas.

— Cuban? — gritou Milo, segurando a porta do jipe para não ser levada pelo vento. — A prefeitura disse que eu poderia ficar aqui umas duas semanas. Trouxe minha tenda.

Cuban apenas acenou com a cabeça, um gesto quase imperceptível. Aquela invasão era tudo que ele não queria. Milo armou sua tenda a uns cinquenta metros do farol, uma mancha colorida e fora de lugar na paisagem austera.

Nos primeiros dias, Cuban ignorou sua presença. Milo pintava freneticamente, sujando telas com cores violentas e emocionais, tentando decifrar a luz que mudava a cada hora. Cuban observava, de longe, aquele furacão de energia.

A mudança começou numa noite de temporal. O vento uivava como um lobo faminto, e a chuva batia horizontal no farol. Cuban, contra sua própria vontade, olhou para a tenda que balançava perigosamente. Não pensou duas vezes. Desceu as escadas do farol e foi até lá.

Encontrou Milo encharcado, tentando segurar os tirantes da tenda que ameaçavam voar a qualquer momento.

— Dentro. Agora — ordenou Cuban, sua voz grave cortando o barulho da tempestade.

Milo, sem argumentos, pegou algumas coisas e seguiu Cuban até a pequena casa do faroleiro. Na sala quente, com o cheiro de café e madeira encerada, Milo secou-se com uma toalha áspera enquanto Cuban preparava uma bebida quente.

— Obrigado — disse Milo, e pela primeira vez, seu sorriso era pequeno, genuíno. — Eu subestimei o seu inverno.

Cuban apenas assentiu, mas não se retirou. Ficou ali, observando aquele estranho que agora invadia seu santuário. Milo pegou um caderno molhado, cheio de esboços.

— É o farol — explicou, mostrando os rabiscos. — De todos os ângulos. Menos de dentro.

No dia seguinte, Cuban, movido por uma curiosidade que há muito não sentia, convidou-o a subir. Lá em cima, na lanterna, com o mundo vasto e infinito aos seus pés, Milo ficou em silêncio. Não era o silêncio desconfortável de antes, mas um de admiração pura.

— É por isso que você fica aqui — sussurrou Milo. — É o único que pode ver tudo, mas ninguém te vê.

Cuban sentiu um frio na espinha. Era exatamente isso.

Aquelas duas semanas se estenderam. Cuban descobriu que por trás do caos de Milo havia uma sensibilidade aguçada, uma forma de ver beleza onde ele só via solidão. Milo, por sua vez, descobriu que por trás do silêncio de Cuban havia uma fortaleza tranquila, uma lealdade inabalável ao seu posto e uma história profunda como o mar que ele vigiava.

Milo pintou Cuban. Não como um herói solene, mas como parte da paisagem: seus olhos refletindo a luz do farol, suas mãos calejadas segurando uma xícara de café, seu perfil contra a janela, observando o mar. Cuban via-se na tela e não se reconhecia; via alguém mais forte, mais bonito, mais… completo.

Uma noite, sem que nenhum dos dois soubesse exatamente como, estavam na varanda da casa, ombro a ombro, vendo as estrelas surgirem sobre o mar escuro. Seus dedos se tocaram, e o toque não foi acidental. Foi uma pergunta.

Cuban olhou para Milo, e pela primeira vez, seus olhos não se esconderam atrás da névoa da solidão. Milo sorriu, aquele sorriso largo e fácil, mas agora dirigido apenas a ele. A resposta estava ali.

O tempo de Milo chegou ao fim. O jipe estava abastecido, as telas, cuidadosamente embaladas. O ar estava carregado de um adeus que nenhum dos queria dizer.

— Fique — a palavra saiu da boca de Cuban antes que ele pudesse parar. Soou como uma súplica, um rugido abafado.

Milo colocou a mão no rosto de Cuban, uma touch suave que dizia tudo o que as palavras não conseguiam.

— Levo você comigo em todas as telas. Em todas as cores. Você é meu farol agora, Cuban. O ponto fixo na minha tempestade.

E se foi.

A solidão voltou a ser o que era antes: um peso. O farol girava, a luz cortava a noite, mas para Cuban, algo estava diferente. Ele não estava mais apenas vigiando. Estava esperando.

Semanas depois, um pacote chegou pelo correio. Era uma tela. Nela, o farol sob um céu estrelado, mas a luz que saía dele não era branca. Era um turbilhão de todas as cores: vermelho paixão, amarelo alegria, azul serenidade e um verde que era a exata cor dos olhos de Cuban. E no meio daquela luz, de costas, vendo o horizonte, estavam duas figuras, seus ombros se tocando.

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