Corporate Top (Corpor8Top) and Jaxx Cody fuck

O aroma de café caro e ambição enchia o ar do saguão principal da Corpor8Top. Era um cheiro que Linus, conhecido como “Corpor8Top” no mundo dos negócios, associava ao sucesso. Ele estava no topo, seu império de tecnologia construído com código de precisão e decisões impiedosas. Suas roupas eram impecáveis, seu aperto de firma calculado, seu sorriso, um recurso raro e estratégico.
Foi em um desses dias, enquanto supervisionava a instalação de uma nova escultura cinética no átrio, que um som dissonante cortou a atmosfera controlada. Era o ronco rouco de uma moto Harley, seguido por um homem que parecia uma tempestade de poeira e couro em meio ao mar de ternos cinza.
Jaxx Cody.
Ele era o dono da “Fúria Mecânica”, a oficina de motos mais famosa da cidade, contratada para um projeto de branding bizarro – personalizar a moto do CEO para um evento de caridade. Jaxx usava jeans gastos, uma jaqueta de couro com patches desbotados e as mãos marcadas por graxa e cicatrizes. Seus olhos, da cor do céu no crepúsculo, não tinham a frieza de Linus, mas sim uma centelha de desafio e uma surpreendente doçura.
“Então você é o grande Corpor8Top,” disse Jaxx, sem cerimônia, estendendo uma mão que, mesmo limpa, carregava a história de milhares de peças desmontadas e remontadas.
Linus hesitou por um microssegundo antes de apertá-la. “Linus. Por favor.” O toque foi um choque. Era áspero, quente, real.
Nos dias que se seguiram, Jaxx transformou uma parte da garagem corporativa em seu santuário. Ferramentas se espalharam, peças cromadas reluziam sob as luzes fluorescentes, e o rádio tocava rock clássico, um insulto à playlist instrumental suave do prédio. Linus fingia desdém, mas se pegava descendo até a garagem com desculpas esfarrapadas – “preciso ver o orçamento”, “o prazo está adequado?”.
Ele observava Jaxx trabalhar. Havia uma poesia na forma como suas mãos, fortes e precisas, acariciavam o metal, como ele sussurrava para a máquina, entendendo sua alma. Jaxx não construía impérios; ele dava vida a feras mecânicas. E, lentamente, ele começou a desmontar a armadura de Linus.
“Todo esse gelo não pode ser confortável, Linus,” disse Jaxx uma tarde, oferecendo-lhe uma garrafa de cerveja comum, enquanto Linus segurava sua água mineral importada.
Linus olhou para a garrafa suada, depois para Jaxx. E, pela primeira vez em anos, fez algo impulsivo. Aceitou. O gosto foi amargo, comum, mas a sensação de estar quebrando uma regra foi eufórica.
Eles eram o dia e a noite, o código binário e o rugido do motor. Linus falava de fusões e aquisições; Jaxx, de estradas abertas e liberdade. Linus ensinou Jaxx sobre os nuances do vinho tinto; Jaxx ensinou Linus que a graxa sob as unhas não era sujeira, era história.
O amor não chegou como um furacão, mas como o ronco suave de uma moto ao longe, crescendo até se tornar impossível de ignorar. Foi em uma noite chuvosa, com a moto personalizada finalmente pronta – uma obra de arte em aço e paixão. Jaxx estava prestes a ir embora.
“Ela está pronta. Tudo conforme o contrato, *senhor*,” disse Jaxx, seu tom mais baixo, uma vulnerabilidade inesperada em seus olhos.
Linus olhou para a moto, depois para o homem que a criou. Viu a liberdade que Jaxx representava, a autenticidade que ele tanto ansiava em segredo. O mundo corporativo, com suas regras e paredes de vidro, de repente pareceu uma cela.
“Leve-me para dar uma volta,” a voz de Linus saiu como um sussurro, uma ordem transformada em súplica.
Jaxx sorriu, um sorriso largo e genuíno que chegou aos seus olhos. Ele pegou um capacete extra e estendeu a Linus. “Segure firme.”
E assim fizeram. Linus, o arquiteto de um império digital, subiu na garupa daquela fera de metal, abraçou a cintura de Jaxx e enterrou o rosto em seu casaco de couro. Eles aceleraram para fora da garagem, deixando para trás as luzes frias da Corpor8Top, mergulhando na noite úmida.
O vento cortava o rosto de Linus, lavando anos de pressão e pretensão. Aos gritos, contra o ombro de Jaxx, ele confessou: “Tenho medo de tudo que não posso controlar!”
Jaxx gritou de volta, sua voz um farol na escuridão: “Então se agarre a mim! Eu não vou te deixar cair!”
Naquele momento, entre o rugido do motor e o calor do corpo de Jaxx contra o seu, Linus entendeu. O verdadeiro amor não era sobre construir um império à prova de falhas. Era sobre encontrar alguém com quem valia a pena acelerar na estrada, de mãos dadas, mesmo sem saber cada curva do caminho. Era sobre trocar a solidão do topo pela liberdade de compartilhar a garupa. E, para sua surpresa, era a melhor fusão que ele já havia feito.