Coreytaylorvip oiled up and fucked by Mysteriousaries

A chuva fina começou a cair justo quando CoreyTaylorVIP saía do ensaio. Abotoou o colarinho de couro e correu para a van, mas uma luz aconchegante vinda de uma pequena vitrine o fez parar. Era uma loja de cerâmica, e no centro, uma peixeira única girava lentamente em um torno. Quem a comandava era uma mulher com os cabelos presos, concentrada, as mãos cobertas de argila dando forma à matéria bruta.
Ele ficou hipnotizado. Não pela mulher, mas pela intensidade daquela criação. Era 1h da manhã. Quem fazia cerâmica à 1h da manhã de uma quarta-feira?
Intrigado, Corey voltou na noite seguinte. E na outra. Sempre à mesma hora. Ela estava sempre lá, imersa em seu mundo. Na quinta noite, ele se encheu de coragem e entrou na loja.
O som de um rock clássico, baixinho, enchia o espaço. A mulher nem percebeu sua entrada. Só quando ele tossiu levemente, ela ergueu os olhos. Eram grandes e de um castanho quase âmbar, e não demonstraram surpresa.
“Precisa de algo?”, perguntou, as mãos ainda na argila giratória.
Corey, acostumado a multidões gritando seu nome, sentiu-se inexplicavelmente nervoso. “Só… admirando seu trabalho. É incrível.”
Um leve sorriso surgiu em seus lábios. “Obrigada. É terapia.”
“Corey”, ele disse, estendendo a mão antes de lembrar que a dela estava suja.
“Eu sei”, ela respondeu, parando o torno com uma delicadeza que o impressionou. “CoreyTaylorVIP. Vocês tocaram no bar da esquina mês passado. Foi bom.”
Ele ficou surpreso. “Você estava lá?”
“Estava. Gosto do som de vocês. É autêntico.” Ela limpou as mãos em um pano. “Pode me chamar de Aries.”
MysteriousAries. O nome do seu perfil online, que ele nunca conseguira decifrar. Ele a seguira por semanas, fascinado pelas fotos de suas peças e pela completa ausência de rostos ou informações pessoais.
“Então é você”, ele disse, mais para si mesmo.
Aries arqueou uma sobrancelha. “Pesquisou meu trabalho?”
“Pesquisei você”, ele admitiu, sem rodeios. “Suas peças online… elas são como a sua música. Cheias de textura, de camadas. Você nunca se mostra.”
“Porque o que importa é a arte, não o artista. Ou a artesã”, ela corrigiu, pegando uma caneca de chá já frio. “As pessoas se preocupam muito com o invólucro, esquecem de olhar para dentro.”
Daquela noite em diante, 1h da manhã se tornou o horário deles. Corey aparecia após os ensaios, e Aries fazia uma pausa. Ele falava sobre a pressão de ser o “VIP”, o vocalista que todos queriam um pedaço. Ela falava sobre a solidão silenciosa da criação, a necessidade de mergulhar na escuridão para dar luz a algo belo.
Ela era sua antítese: calma, centrada, misteriosa. E ele era o que ela secretamente admirava: explosivo, passionai e intensamente real.
Uma noite, ele chegou e a encontrou trabalhando em duas xícaras. Elas eram imperfeitas, assimétricas, mas perfeitamente combinavam.
“É um presente”, ela disse, entregando uma delas a ele. “Para o café das manhãs barulhentos de rockstar.”
Corey segurou a xícara, sentindo o peso, a textura única. Havia uma pequena estrela gravada no fundo.
“É a melhor coisa que alguém já me deu”, ele disse, e sua voz falhou. “Porque é única. Como você.”
Pela primeira vez, Aries pareceu vulnerável. Ela baixou a guarda. “Todo mundo me acha estranha, Corey. Por trabalhar até tarde, por não postar fotos sorrindo, por preferir a companhia da argila à das pessoas.”
Corey aproximou-se, tirando uma mancha de barro seco de sua bochecha. “Todo mundo acha que eu sou apenas um cara barulhento com um ego maior que o palco. Eles veem a persona, não a pessoa.”
Ele fitou seus olhos âmbar, encontrando neles a mesma solidão que carregava consigo, mesmo cercado de gente.
“Eu te vejo, Aries”, ele sussurrou. “E não é misterioso nem VIP. É só você e eu. E está perfeito.”
E sob a luz suave da vitrine, na calada da madrugada, o roqueiro e a artesã se encontraram. Não em um applauso, mas em um silêncio compreensivo. Ele a beijou, e o gosto foi de argila, chá frio e uma verdade simples: às vezes, o amor é encontrar alguém que prefere ver a profundidade do seu vazio do que a superfície do seu sucesso.