
O mundo de Alex era linear. Previsível. Seguro. Um apartamento minimalista, uma carreira meticulosa e relacionamentos que nunca riscavam a superfície do seu ser mais profundo. Ele carregava um vago desconforto, uma vontade silenciosa de entregar o controle, de se libertar da necessidade constante de comandar sua própria vida.
Então, ele conheceu Cooper.
Foi em um evento de negócios. Enquanto todos networkavam com sorrisos falsos, Alex se viu fixado em um homem parado na varanda. Cooper não tentava se misturar. Ele observava. Seus olhos, de um castanho tão escuro que pareciam pretos, não escaneavam a sala – eles penetravam. Havia uma autoridade silenciosa nele, uma calma dominante que fez o ruído do ambiente desaparecer.
Quando aqueles olhos se prenderam nos de Alex, foi como um choque. Cooper se aproximou, seu movimento fluido e deliberado.
“Alex,” ele disse, não como uma pergunta, mas como uma afirmação. Sua voz era baixa, um murmúrio que parecia ecoar diretamente na alma de Alex. “Você parece um homem que precisa de um descanso.”
A frase era peculiar. Mas era a verdade.
Os encontros que se seguiram foram uma desconstrução metódica. Cooper não courtou Alex; ele o estudou. Perguntou sobre seus medos, seus desejos mais sombrios, as fantasias que Alex nunca ousou vocalizar. Havia uma honestidade brutal naquela interação que era, por si só, um afrodisíaco poderoso.
A primeira noite no apartamento de Cooper foi um ritual. A sala estava quente, iluminada apenas por velas.
“Você confia em mim?” Cooper perguntou, sua voz suave, mas inflexível.
Alex, com o coração batendo forte, apenas assentiu.
E então, Cooper revelou seu verdadeiro eu. O Dominador. O comando estava em cada palavra, cada olhar. Ele guiou Alex, ordenou que se ajoelhasse. O toque de suas mãos era firme, assertivo, mas nunca cruel. Era sobre confiança. Era sobre entrega.
E Alex se entregou. Ele se tornou Coop’s Bottom.