Connor Dagger breeds Diego Tebas
O vento noturno soprava frio pelas ruas de pedra de Valência, mas Connor Dagger não o sentia. Enfiado no casaco de couro, ele observava o alvo: uma pequena galeria de arte com uma única luz acesa no andar de cima. Diego Tebas. O nome soava como uma melodia suave e estranha na mente de Connor, que estava acostumado a sinfonias de gritos e tiros.
Diego era um restaurador de obras de arte, um homem que passava seus dias devolvendo a vida a pinturas desbotadas pelo tempo. Connor era um assassino, um homem que passava suas noites apagando vidas. Eles eram o claro e o escuro, a criação e a destruição personificadas.
A missão era simples. Alguém queria Diego morto. Alguém que não apreciava a sua recusa em autenticar um valioso – e roubado – quadro de Goya.
Connor observou Diego pela janela, inclinado sobre uma tela, os dedos delicados trabalhando com uma paciência infinita. Havia uma paz nele, uma serenidade que Connor não conhecia, mas pela qual, secretamente, ansiava. Ele adiou a execução por três noites, inventando desculpas para si mesmo sobre logística e segurança. A verdade era mais perigosa: ele estava fascinado.
Na quarta noite, a chuva caía torrencial. Connor, decidido a terminar o trabalho, entrou na galeria com uma silenciosa destreza. Subiu as escadas e parou na porta do estúdio. Diego não se virou.
