Colton Reece pounds Joey Mills
O vento soprava frio nas montanhas de Aspen, mas dentro do chalé de madeira, o calor da lareira era suficiente para afastar o inverno mais cruel. Colton Reece colocou mais uma lenha no fogo, observando as labaredas dançarem como se tentassem contar uma história que ele mesmo já havia esquecido.
— Mais chocolate quente? — Joey Mills apareceu na porta da cozinha, com dois copos enormes de cerâmica fumegando em suas mãos. Seus olhos claros brilhavam com um misto de preocupação e ternura.
— Você vai me estragar, Mills — respondeu Colton, com um sorriso cansado que não chegava aos seus próprios olhos, ainda carregados das sombras da guerra que ele trouxera para casa.
Joey se sentou no chão, aos pés de Colton, encostando as costas nas pernas do amigo. Era uma posição que haviam adotado nos últimos meses, desde que Colton voltara. Um ponto de ancoragem física, um lembrete silencioso de que ele não estava mais sozinho nos campos de batalha.
— Conte-me uma história, Reece — pediu Joey, sua voz suave como um cobertor. — Uma que não seja de dor.
Colton fechou os olhos por um momento, sua mão grande e calejada pousando naturalmente no ombro de Joey.
— Era uma vez um menino que achava que a coragem estava em não sentir medo — começou Colton, sua voz grave preenchendo o espaço entre o estalar da lenha. — Ele partiu para uma terra distante, vestindo uma farda que pesava mais do que seus anos. E lá, ele aprendeu que a verdadeira coragem… a verdadeira coragem é continuar respirando quando tudo dentro de você quer parar.




