Chriss Murphy gets fucked by a fit latin stud
O estúdio de Chriss Murphy cheirava a tinta a óleo e café queimado. Era um caos organizado de telas viradas contra a parede, pincéis secando em latas e esboços amassados que contavam a história de uma busca interminável pela luz perfeita. Chriss pintava paisagens urbanas, mas não as que os turistas viam. Ele perseguia o reflexo do pôr-do-sol em uma poça de óleo no asfalto, o brilho de um poste de luz na chuva, o lampejo de um farol de carro em um beco escuro.
Ele era obcecado pela luz, talvez porque sua própria vida parecesse tão sombria. Suas noites eram longas, solitárias, passadas na companhia de suas telas inacabadas e do silêncio de seu loft.
Uma tarde, enquanto capturava os últimos raios de sol se refletindo na janela de um prédio abandonado, uma voz suave o fez virar.
“Você pinta a alma da cidade.”
Era uma mulher da lavanderia automática do outro lado da rua. Ele a via às vezes, dobrando roupas atrás do vidro fumê, um farol de serenidade no meio do caos urbano que ele tanto amava. Ela usava um vestido simples e seu sorriso era tranquilo.
Chriss, acostumado apenas com as críticas de marchands e a indiferença dos transeuntes, corou. “Só tento pegar a luz antes que ela vá embora.”
“É a mesma razão pela qual cultivo jasmim na minha varanda,” ela respondeu. “A luz da manhã nas pétalas é a coisa mais bela que existe.”
Daquele dia em diante, Chriss começou a notar mais do que apenas a luz na arquitetura. Ele notou a luz nos cabelos dela, nos seus gestos, no modo como seus olhos brilhavam quando ele, timidamente, lhe levou um pequeno quadro da lavanderia vista de fora.
Ele, que passava noites inteiras lutando com a tinta, descobriu que as palavras vinham com facilidade quando falava com ela. Falavam de coisas simples: a marca do sol no parapeito de uma janela, o cheiro de chuva no concreto, o sabor do café fresco de manhã.
Chriss ainda pintava suas paisagens urbanas, mas agora uma nova luz começou a aparecer em suas telas. Era uma luz quente, doméstica, que vinha das janelas, não dos faróis. Era a luz que ele via no rosto dela.
Na noite em que terminou sua obra-prima – um retrato do loft dele, banhado pela luz do amanhecer, com ela silhuetada na janela, segurando uma xícara de café – ele percebeu a verdade.
A luz pela qual ele havia procurado a vida toda não estava no ângulo perfeito do sol ou no reflexo de uma superfície molhada. Estava no olhar de alguém que vê a beleza não apenas no que você cria, mas no que você é. Chriss Murphy, o pintor das luzes perdidas da cidade, finalmente havia encontrado o seu próprio brilho.




