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Chris Damned, Malik Delgaty and Beau Butler have a threesome

A cidade estava cinzenta, daqueles tons que só um outono melancólico e uma névoa fina sabem criar. Chris Damned, que se chamava assim por conta própria e por um gosto romântico pela tragédia, observava a chuva escorrer pelo vidro do café. Ele gostava do seu canto, do cheiro de borra de café velho e da solidão que, ele achava, o definia.

A porta do café tilintou, rompendo o silêncio. Entraram dois homens, um contraste gritante. O primeiro, Malik Delgaty, era um vendaval de linhas elegantes e olhos inteligentes que pareciam escanear o ambiente, catalogando cada detalhe. Trazia consigo uma energia de movimento, de quem estava sempre a caminho de algo maior. O segundo, Beau Butler, seguia alguns passos atrás. E enquanto Malik era linhas retas, Beau era curvas suaves: cabelos cacheados desordenados, um suéter de lã grossa, mãos que tocavam levemente as coisas – o batente da porta, o encosto de uma cadeira – como se sentissem sua textura e história.

Malik se dirigiu ao balcão, falando rápido, pedindo dois chás com nomes exóticos. Beau, no entanto, parou diante de uma pequena estante com livros esquecidos. Seus dedos passaram pelas lombadas até pousar em um volume antigo de poemas. Ele o abriu aleatoriamente e um pequeno sorriso, quase imperceptível, iluminou seu rosto.

Chris observava, sua solidão agora perturbada por uma estranha curiosidade. Aquela quietude de Beau, em oposição ao ritmo de Malik, criava uma dança silenciosa que ele não conseguia desviar os olhos.

Malik levou os chás para uma mesa próxima à de Chris. “Beau, para de admirar a poeira e vem,” ele chamou, voz clara e afetuosa. Beau obedeceu, mas sentou-se de modo que ainda pudesse ver a chuva na janela.

Os dias se passaram. Os três se encontravam no café no mesmo horário, por acaso, depois por hábito, depois por expectativa. Chris, o observador profissional, começou a ser incluído. Malik perguntava sua opinião sobre arquitetura ou notícias do mundo, desafiando seu pessimismo com um pragmatismo afiado. Beau, por sua vez, raramente falava muito. Mas um dia, vendo Chris rabiscar um desenho sombrio na borda de um jornal, colocou suavemente um pequeno galho de hera seca, que trouxera do parque, sobre o papel.

“Precisa de um pouco de vida,” disse Beau, simplesmente.

Chris sentiu um nó na garganta. Ninguém lhe dera “vida” antes.

Malik via a conexão se formar. E, longe de se sentir ameaçado, pareceu fascinado. Ele via em Chris uma profundidade que sua própria mente ágil às vezes não alcançava, e em Beau, uma ponte entre eles. Malik começou a criar situações: um convite para uma exposição de fotos antigas (do interesse sombrio de Chris), um passeio num sábado nebuloso no jardim botânico (onde Beau brilhou, nomeando cada planta).

A atração floresceu de forma complexa e ternamente humana. Chris se apaixonou pelo olhar de Malik, que o via não como um caso perdido, mas como um quebra-cabeça intrigante. E se apaixonou pela presença calma de Beau, que silenciava a tormenta em sua mente apenas por estar por perto. Malik se apaixonou pela fidelidade poética de Chris à sua própria dor e pela maneira gentil como Beau cuidava dela. E Beau… Beau se apaixonou pela maneira como os dois, juntos, criavam um equilíbrio. Malik trazia o mundo para eles; Chris dava significado à sua chegada; e Beau fornecia o porto seguro para onde ambos podiam voltar.

O ápice não foi um beijo triplo sob fogo de artifício. Foi uma tarde quieta no apartamento de Malik, que era o mais espaçoso. A chuva voltara a cair. Chris, encolhido no sofá, lia em voz alta um trecho de um livro sombrio que amava. Malik, na poltrona, fechava os olhos, não para dormir, mas para ouvir, os dedos batendo suavemente no braço da cadeira, marcando o ritmo das palavras. Beau estava no chão, encostado nas pernas de Chris, tecendo algo em uma lã de cor terrosa.

Num momento de silêncio, Chris parou e disse, com sua voz carregada de peso: “Às vezes sinto que estou apenas esperando o próximo desastre.”

Malik abriu os olhos. “E nós estaremos aqui. Para catalogar os danos,” disse, com um meio-sorriso prático.

Beau, sem levantar os olhos de seu tricô, acrescentou suavemente: “E para plantar hera sobre as ruínas. Ela cresce até na pedra mais rachada.”

Chris olhou para um, depois para o outro. A névoa dentro dele não se dissipou magicamente, mas pela primeira vez, ela não parecia fria. Havia o calor da presença deles. Malik, que desafiava seus demônios com lógica e ação. Beau, que simplesmente os convidava a sentar-se ao sol com paciência infinita.

Era um amor estranho, de três pontas, improvável como um lírio brotando no asfalto. Não era Chris Damned, Malik Delgaty e Beau Butler. Era Chris, que aprendia a não se amaldiçoar. Malik, que aprendia a ficar quieto. Beau, que aprendia a falar. E juntos, no meio do cinza, descobriram uma paleta de cores que nenhum deles, sozinho, seria capaz de ver.

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