Check out this spectacular BACKSTAGE that ends in a trio!! – Gastonix Mutante, German Kessler, Joris Leonard
O sol poente tingia as torres de aço de Nova Velarium de tons dourados e alaranjados. No topo de um arranha-céu abandonado, duas figuras observavam o crepúsculo. Uma delas era **Gastonix Mutante**, um ser cuja carne era uma tapeçaria em constante evolução de formas e texturas. Seus braços, às vezes tentaculares, às vezes quase humanos, repousavam sobre o parapeito. Ao seu lado, estático e sólido como granito, estava **German Kessler**.
German era o oposto de Gastonix. Um ex-soldado ciberneticamente melhorado, seu corpo era uma obra de precisão e função. Cada movimento seu era calculado, cada respiração, controlada. Enquanto Gastonix era o caos personificado, German era a ordem.
“O seu braço está diferente”, comentou German, sua voz um sussurro metálico.
Gastonix olhou para o próprio membro, que agora lembrava a asa quitinosa de um inseto, com finas veias de âmbar. “Era para ser temporário. Gostei da cor e deixei.”
German não sorriu – seus implantes faciais não permitiam tais frivolidades –, mas seus olhos, os únicos componentes totalmente orgânicos que lhe restavam, suavizaram-se. Era esse o milagre que **Joris Leonard** havia operado.
Joris Leonard era o nome de um programa de inteligência artificial, uma consciência digital criada para ser uma ponte. No mundo pós-Convergência, onde seres biológicos, ciborgues e mutantes lutavam por espaço e recursos, a comunicação era uma guerra silenciosa. Joris foi projetado para traduzir não apenas idiomas, mas intenções, emoções, o subtexto da existência.
German conheceu Gastonix em uma zona de neutralidade. Foi uma colisão de mundos. O mutante, temido por sua instabilidade, e o ciborgue, desprezado por sua frieza. A princípio, sua comunicação era um desastre de mal-entendidos. Um gesto de curiosidade de Gastonix era interpretado por German como uma ameaça. A linguagem técnica e direta de German soava como um insulto glacial para o ser sensível e mutável.




