Chase Parker gets fucked by NaughtyKristian and Twink Mauro

A chuva fina de Seattle pintava o vidro da cafeteria em tons de cinza quando Chase Parker viu pela primeira vez o cartaz. Era uma foto preto e branco, desbotada, de um casal dançando sob um poste de luz. Na parte inferior, em letras góticas, lia-se: “**NaughtyKristian** & **Twink Mauro** – A Última Noite do ‘Fairy’s Flight’ – Despedida do lendário clube noturno. 31 de outubro. Um baile de máscaras.”
Chase, arquiteto de mão cheia e coração cauteloso, sentiu um frio na espinha. *NaughtyKristian*. Era um nome que ele não ouvia há dez anos. Kristian, seu primeiro e mais devastador amor. O espírito livre, o artista, o garoto que transformou o verão de seus dezoito anos em um conto de fadas e depois partiu sem deixar rastros, levando consigo os pedaços que Chase levou uma década para recolher.
A atração, porém, era maior que a prudência. Na noite de Halloween, Chase encontrou-se à porta do “Fairy’s Flight”, um antigo armazém à beira do cais, agora envolto em névoa e luzes de néon desbotadas. Usava uma máscara simples de prata. Dentro, o tempo parecia ter parado nos anos 90. A música era um synthwave nostálgico e melancólico.
Foi então que ele os viu.
No palco, sob um feixe de luz violeta, estava **NaughtyKristian**. Mais velho, com linhas de experiência marcando o rosto sob uma máscara de penas negras, mas com os mesmos olhos verdes que cintilavam como vidro moído. Ele dançava com uma ferocidade sublime, um turbilhão de emoção e dor. E em seus braços, complementando cada movimento com uma graça etérea, estava **Twink Mauro**. Mauro era pura luz contrastante; uma máscara branca e dourada, movimentos fluidos como seda, um sorriso triste que parecia entender todos os segredos do mundo.
Eles não eram apenas dois dançarinos. Eram uma única entidade, uma história de amor e parceria contada através do corpo. Chase sentiu uma pontada de ciúme, seguida por uma vergonha imensa. A vida de Kristian tinha seguido em frente, bela e complexa sem ele.
A apresentação terminou com os dois abraçados, ofegantes, frente a frente, testa contra testa – um momento de intimidade tão profunda que a plateia ficou em silêncio antes de explodir em aplausos.
Chase fugiu para o píer externo, o coração batendo forte no peito. A chuva havia parado, deixando o ar frio e lavado.
— Você sempre fugia quando as coisas ficavam intensas, Parker — uma voz conhecida, mais grave, mas com a mesma doçura roubada pelo tempo, ecoou atrás dele.
Chase se virou. Kristian estava ali, sem a máscara, segurando-a na mão. Os anos não tinham sido gentis, mas tinham feito dele uma obra de arte mais completa.
— Kristian… — a voz de Chase saiu como um sopro.
— É **NaughtyKristian** para os desconhecidos — ele corrigiu com um sorriso torto. — E o garoto da luz lá dentro é o Mauro. Meu melhor amigo. Meu porto seguro. Meu *ex*-namorado, há muito tempo.
Chase piscou, confuso.




