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Charlie Cherry fucks Eric Rey

O aroma doce e ácido de cerejas assadas e crosta de torta dourada era a primeira coisa que Eric Rey sentia ao se aproximar da “Doce Charlie’s”, a pequena confeitaria na esquina da Rua das Flores. Era um cheiro que aquecia o coração mesmo nos dias mais cinzentos de Londres.

Eric era um escritor. Ou, pelo menos, tentava ser. Passava seus dias entrincheirado em um apartamento minúsculo, lutando contra um bloqueio criativo teimoso, enxergando o mundo apenas através de palavras que não fluíam. Sua única rotina sagrada era a visita à confeitaria às 15h17 em ponto para comprar um pedaço de torta de cereja e um café amargo.

E Charlie Cherry era a tempestade perfumada de farinha que comandava aquele pequeno reino. Ele usava um chapéu de chef manchado de geléia, um sorriso fácil e tinha um talento mágico para transformar ingredientes simples em pequenas obras de arte comestíveis. Seus movimentos atrás do balcão eram uma dança—medindo, misturando, polvilhando açúcar de confeiteiro como neve.

Por semanas, suas interações foram breves e funcionais.
“A usual, por favor,” Eric dizia, sem sequer olhar para o cardápio.
“Uma fatia de felicidade para o senhor Rey,” Charlie respondia, sempre com o mesmo trocadilho, empacotando a fatia com mãos ágeis.

Eric mal notava os detalhes: a pequena tatuagem de um galho de cereja no pulso de Charlie, a forma como ele cantarolava baixinho enquanto trabalhava, o brilho nos seus olhos quando um cliente novo experimentava seus doces.

Tudo mudou em uma terça-feira chuvosa. A confeitaria estava vazia, e Eric, mais atormentado pelo bloqueio do que nunca, deixou seu caderno de anotações aberto na mesa. Quando foi pegar seu café, uma forte rajada de vento abriu a porta, e a chuva respingou sobre as páginas, borrando a tinta azul de suas anotações já confusas.

“Não!” Eric exclamou, em pânico, segurando o caderno molgado.

Charlie saiu rapidamente de trás do balcão. “Deixe-me ver,” disse, com uma calma que contrastava com o desespero de Eric. Ele pegou o caderno com cuidado. “É só água. Podemos secá-lo no forno, com a porta aberta, só um pouquinho. Não se preocupe.”

Enquanto o caderno aquecia suavemente, Eric ficou sentado no balcão, envergonhado. Charlie, num gesto gentil, colocou diante dele não apenas a fatia de torta, mas também uma pequena porção de massa de cookie crua em uma tigela. “Para provar,” disse ele, com um sorriso. “É o meu segredo mais bem guardado. Às vezes, a matéria-prima é melhor que o produto final.”

Eric hesitou, mas provou. Era incrivelmente doce, granulada e de certa forma, reconfortante. Pela primeira vez, ele realmente olhou para Charlie. “É… perfeito.”

“Assim como suas histórias devem ser,” Charlie respondeu, limpando as mãos no avental. “Vejo você escrevendo todos os dias. Deve ser difícil criar mundos do nada.”

Aquela simples observação, aquela percepção, quebrou algo dentro de Eric. Eles começaram a conversar. Eric descobriu que Charlie nomeava suas receitas como se fossem personagens (“A Torta ‘Melancolia de Inverno'”, “Os Biscoitos ‘Saudade da Avó'”). Charlie descobriu que Eric tinha medo de nunca ser bom o suficiente com as palavras.

As visitas de 15h17 tornaram-se mais longas. Eric já não ia apenas pela torta, mas pela luz que acendia no rosto de Charlie quando ele entrava. Charlie começou a guardar a última fatia de torta, sabendo que Eric chegaria.

Num dia ensolarado, Eric chegou mais cedo. A confeitaria estava fechada para o público, mas a porta estava entreaberta. Ele espiou e viu Charlie decorando um bolo enorme, com a língua presa entre os dentes em concentração. No centro do bolo, ele escrevia com glacê rosa: “Eric”.

Charlie olhou para cima e surpreendeu-se, corando como uma cereja. “É… é uma nova receita. ‘Torta de Escrever sem Bloqueios’. Achei que poderia ajudar.”

Eric entrou, o coração batendo forte. O cheiro doce era intoxicante. “Charlie,” ele começou, as palavras finalmente fluindo com facilidade. “Eu não venho aqui há meses pelas cerejas.”

“Eu sei,” sussurrou Charlie, tirando o chapéu de chef. “Você vem pelo café amargo.”

“Não,” Eric riu, aproximando-se. “Eu venho pelo doce que é você.”

Naquela tarde, não houve torta de cereja. Em vez disso, houve um primeiro beijo que sabia a açúcar e a café, e um caderno, finalmente aberto, esperando para ser preenchido com uma nova história. Uma que não era sobre personagens fictícios, mas sobre um confeiteiro chamado Charlie Cherry e um escritor chamado Eric Rey, que descobriram que o amor é a mais doce das inspirações.

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