Charlie Cherry and Rafael Zorzella – grooming turns into a blowjob – Part 2

O universo de Charlie Cherry era um espetáculo de luzes de néon, batom vermelho e confetes. Nos bastidores do cabaré “Oásis”, ela era a rainha. Uma performer de voz aveludada que podia fazer uma balada country soar como um hino de sobrevivência. Charlie era pura energia, um furacão de strass e emoção que arrancava aplausos e lágrimas do público todas as noites.
O universo de Rafael Zorzella era um santuário de silêncio, concentração e aço inoxidável. Na cozinha de seu restaurante, “Zorzella”, ele era um chef celebrado pela crítica, um mestre da alta gastronomia. Suas mãos, que manuseavam facas japonesas com precisão cirúrgica, criavam pratos que eram poemas visuais. Rafael era metódico, controlado, um alquimista de sabores.
Seus caminhos se cruzaram por acaso. Rafael foi ao “Oásis” pela primeira vez, arrastado por amigos. Enquanto todos vibravam, ele ficou sentado, quieto, com os olhos fixos no palco. Não era o show que ele via, mas a pessoa. Ele via a vulnerabilidade nos olhos de Charlie no exato momento em que a música diminuía, a treminha quase imperceptível em sua mão antes de um agudo poderoso. Ele não viu uma diva; viu uma artista.
No dia seguinte, uma cesta de ingredientes raros e uma nota chegaram aos bastidores do cabaré. A caligrafia era firme e elegante:
*”Sua performance tem o sabor raro da verdade. Um chef admira isso. — Rafael Zorzella.”*
Charlie, acostumada a flores e chocolates genéricos, ficou intrigada. Ela respondeu com um convite para um jantar privado após o horário do restaurante.
Rafael aceitou. O encontro foi um choque de opostos. Ele serviu um consommé tão transparente quanto um diamante, com sabores que se desdobravam em camadas. Ela chegou vestindo um casaco de pele falsa sobre uma camiseta de banda, e contou histórias de camarins sujos e estradas poeirentas com uma risada que ecoava na sala austera.