California Vibes – Shane and Tyler Wu fuck – tyerwu_97 and shanehall

O vento soprava forte no cais, carregando o cheiro de sal e o som das gaivotas. Tyler Wu apertou o casaco contra o corpo, os olhos fixos no horizonte cinzento onde o mar e o céu se encontravam. Dois longos anos. Dois anos desde que ele vira o navio partir, levando Shane consigo para uma missão de pesquisa oceanográfica.
A vida sem Shane tinha sido um quebra-cabeça com uma peça fundamental faltando. A casa deles, uma cabana aconchegante à beira da água, sentia-se enorme e vazia. Tyler preenchera os dias administrando o pequeno café da família, “O Porto Seguro”, mas cada xícara de chá servida era a que Shane adorava, cada brisa que entrava pela porta era a que deveria trazer seu cheiro de maresia e café.
Shane sempre fora aventureiro, um turbilhão de curiosidade e coragem que arrastara Tyler para fora de sua zona de conforto e lhe mostrara um mundo de possibilidades. Tyler era a âncora, o porto seguro para onde Shane sempre retornava. Eles se completavam, como a maré e a lua.
A promessa era de dois anos. Dois anos de chamadas de vídeo com atraso, e-mails cheios de saudade e a certeza de um reencho. O navio estava programado para retornar naquela manhã.
O coração de Tyler batia num ritmo acelerado, misturando-se com o bater das ondas contra os pilares do cais. A névoa matinal começava a se dissipar, e a silhueta de um navio surgiu ao longe. Cada minuto parecia uma eternidade. As dúvidas, aquelas visitantes indesejadas, sussurravam em seu ouvido. E se ele mudou? E se a viagem foi mais importante do que o retorno?
Então, ele viu.
Uma figura familiar desceu a passarela, com uma mochila surrada nas costas e o rosto queimado pelo sol e pelo sal. Era Shane. Mas não era exatamente o mesmo. Havia uma nova profundidade em seus olhos, uma serenidade conquistada no vasto silêncio do oceano.
Seus olhos se encontraram através da multidão, e o mundo ao redor desfocou. Não houve necessidade de palavras. Shane correu os últimos metros, e Tyler se moveu ao seu encontro. O abraço foi uma colisão de almas, uma tempestade de saudade, alívio e um amor que não apenas sobrevivera à distância, mas se aprofundara nela.
— Eu te trouxe o oceano — Shane sussurrou, a voz rouca, enterrando o rosto no pescoço de Tyler.
Era o seu jeito poético de dizer que havia pensado em Tyler em cada onda, em cada estrela do céu do hemisfério sul.
— Eu guardei o porto — Tyler respondeu, as lágrimas finalmente escapando, molhando o casaco de Shane.
Era o seu jeito de dizer que a espera valera cada segundo solitário, porque o amor deles era a única coisa no mundo pela qual ele valeria a pena ficar parado.
Caminharam de volta para casa de mãos dadas, como sempre fizeram, o navio e o cais finalmente reunidos. A aventura de Shane no mar tinha terminado, mas a deles, juntos, estava apenas recomeçando. E Tyler sabia, com uma certeza que vinha das profundezas da alma, que nenhuma tempestade ou distância poderia separá-los novamente. Eles eram Shane e Tyler Wu: o explorador e o porto, duas metades de um único coração.