Caden Dior fucks Mike Monroe – He Can’t Be His Stepbrother, But He Can Fuck Him
O bar “O Último Recurso” não era um lugar para turistas. Escondido em um beco cujo cheiro mudava com a maré, ele atendia a uma clientela específica: almas cansadas do mundo brilhante, que buscavam a verdade áspera no fundo de um copo. Dois homens eram pilares nesse cenário.
Caden Dior ocupava o mesmo banco do canto há dez anos. Seu terno, outrora caro, estava desbotado nos cotovelos, mas a gravata permanecia impecavelmente apertada. Ele exalava o perfume fantasma de uma vida anterior: negócios em Hong Kong, iates em Mônaco, decisões que ecoavam em mercados distantes. Agora, suas decisões se resumiam a “Scotch, gelo, um só”. Era um homem que tinha tido tudo, inclusive o peso de perdê-lo.
Do outro lado do balcão, Mike Monroe era a paisagem constante. Ex-pugilista, suas mãos eram uma cartografia de ossos mal soldados e cicatrizes em relevo. Ele não falava muito, mas ouvia com a intensidade de quem está acostumado a ler a intenção no olhar do adversário antes do golpe. O bar era seu ringue pós-aposentadoria; servir drinques, sua forma de esquiva e bloqueio.
Eles trocavam talvez vinte palavras por noite. “Mais um.” “Tá pago.” “Chove lá fora.” Era um balé de silêncios respeitosos.
Tudo mudou na noite em que a Tempestade Elara engoliu a cidade. A energia caiu, mergulhando o “Último Recurso” em uma penumbra quebrada apenas por velas trêmulas e o clarão esverdeado do rádio a pilhas do Mike. O vento uivava como uma fera presa no beco.
Foi quando ela entrou. Uma mulher jovem, encharcada, os olhos arregalados não com medo, mas com uma fúria desesperada. Chegou até o balcão e despejou o conteúdo de uma bolsa molhada: um maço de cartas amarrado com fita, uma fotografia desbotada e um medalhão de prata.
“Preciso encontrar um homem,” ela disse, a voz falhando contra o barulho da tempestade. “Dizem que ele vem aqui. John R. Hale.”
O nome ecoou no bar vazio como um tiro. Caden Dior congelou, o copo a meio caminho dos lábios. Seus olhos, sempre turvos, focaram com uma clareza repentina e dolorosa. Mike Monroe, que estava polindo um copo, parou. Seus dedos nodosos fecharam-se lentamente.
“Quem está perguntando?” a voz de Caden saiu áspera, diferente.
