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Bruno and Gabriel – fucking after training

O silêncio da livraria era quebrado apenas pelo leve sussurro das páginas sendo viradas. Bruno, atrás do balcão, arrumava pilhas de livros, mas seus olhos, como sempre, buscavam a mesma estante no canto próximo à janela.

Gabriel estava lá, como todas as tardes de quinta-feira. Seu dedo deslizava pela lombada dos livros até encontrar o que procurava. Ele não vinha por encomenda, nem por lançamento. Vinha porque, três meses antes, encontrara um bilhete dentro de um exemplar de “O Amor nos Tempos do Cólera”. A letra era miúda e perfeita: *“Se você achou este livro, ele já é seu. Mas se achou este bilhete, talvez queira tomar um café. Pergunte ao dono da loja. – B”*

No primeiro dia, Gabriel tinha ficado parado, olhando para o papel. No segundo, trouxe coragem. “Bruno?”, perguntara ao homem do balcão, que parecia sempre imerso em um mundo próprio. Bruno levantou os olhos, e algo em seu semblante sério suavizou-se por uma fração de segundo. Ele apenas acenou com a cabeça em direção à pequena cafeteira no fundo da loja. O café foi silencioso, cheio de olhares furtivos e palavras soltas sobre García Márquez.

As quintas-feiras viraram ritual. Um bilhete era sempre deixado no livro que Gabriel pegava. Bruno nunca entregava pessoalmente. Era um jogo, uma coreografia discreta.

*“Hoje o céu está do mesmo azul da capa da primeira edição do seu livro favorito. Coincidência?”*
*“O café novo é da Etiópia. Tem gosto de descoberta.”*
*“Você demora três minutos a mais do que o normal para escolher um livro quando está preocupado.”*

Gabriel respondia da mesma forma, deixando suas respostas entre as páginas de um livro que sabia que Bruno resguardava atrás do balcão.

*“Como você sabe qual é meu livro favorito?”*
*“O gosto de descoberta é amargo, mas o aftertaste é doce.”*
*“E você franze a testa quando acha que ninguém está olhando.”*

A história se construía em notas de papel, em xícaras vazias e no espaço seguro entre as prateleiras. Até que, em uma quinta-feira chuvosa, a estante do canto ficou vazia. Gabriel sentiu um frio no peito. Ao se virar, Bruno estava ali, mais perto do que nunca, segurando não um livro, mas um único bilhete. Suas mãos tremiam levemente.

“Achei”, disse Bruno, sua voz mais suave do que Gabriel imaginara. “Achei que talvez fosse hora de escrever a próxima página pessoalmente. Sem papel no meio.”

Gabriel pegou o bilhete. Desta vez, estava em branco.

“Está vazio”, sussurrou.

Bruno aproximou-se mais, seu sorriso finalmente completo, sem a barreira do balcão ou das estantes.

“Não está. Está esperando a nossa primeira linha. Juntos.”

E naquela livraria silenciosa, sob o som suave da chuva na vitrine, a história de amor que começara nas entrelinhas de outros livros encontrou, enfim, suas próprias palavras no espaço entre seus lábios, em um primeiro beleo capítulo de muitos que estavam por vir.

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