Brett Banks and Brody Meyer fuck
O vento salgado do cais era a única constante na vida de Brett Banks. Ele era um trabalhador portuário, um homem de poucas palavras e mãos calejadas, cujo mundo era feito de cordas grossas, contêineres enferrujados e o som ritmado das ondas batendo nos pilares de madeira. Sua vida era solitária, mas ele gostava da sua simplicidade.
A poucos quarteirões dali, o universo de Brody Meyer era uma explosão de cores e sons. Dono de uma pequena loja de consertos de instrumentos musicais, “O Acorde Perdido”, Brody era a personificação do caos criativo. Violinos, saxofones e guitarras pendurados nas paredes, e o ar sempre carregado pelo som de uma melodia sendo afinada ou improvisada.
Seus caminhos se cruzaram em uma manhã de nevoeiro denso. Brett, em seu caminho habitual para o porto, passou pela vitrine da loja de Brody e viu o dono, com expressão desesperada, tentando encaixar uma peça minúscula em um clarinete antigo. Algo naquela cena fez Brett parar. Talvez fosse a frustração genuína no rosto de Brody, ou talvez simplesmente o contraste entre a delicadeza do instrumento e as mãos grandes e desajeitadas que tentavam consertá-lo.
Brett entrou na loja. O sino na porta tilintou suavemente.
— Precisa de uma mão? — sua voz era um baixo rouco, quase um sussurro áspero.
Brody ergueu os olhos, surpreso. Ele conhecia Brett de vista, o homem quieto que sempre passava com o olhar fixo no horizonte.
— É esta mola… ela é pequena demais. Minhas mãos são muito… entusiasmadas — Brody admitiu, com uma risada frustrada.
Brett apenas assentiu. Sem dizer uma palavra, pegou a pinça que estava sobre o balcão. Suas mãos, acostumadas a amarrar nós complexos e levantar cargas pesadas, tornaram-se surpreendentemente delicadas. Em segundos, a pequena mola estava no lugar.
Brody ficou maravilhado. — Como você…?
— Trabalho com coisas que exigem cuidado também — Brett explicou, encolhendo os ombros. — Só que em uma escala maior.
Agradecido, Brody insistiu para pagar o favor com um café. O café se tornou um ritual. Brett começou a parar na loja todos os dias, a caminho do trabalho e na volta. Ele descobriu que, longe do cais, tinha um talento inesperado para consertar coisas pequenas e intricadas. Brody, por sua vez, descobriu que adorava ouvir as histórias do porto, dos navios que chegavam de terras distantes, contadas na voz grave e calma de Brett.




