O navio balançava suavemente sob um céu salpicado de estrelas, sua festa de gala um microcosmo de luz e riso sobre o mar negro. Foi ali, em meio ao brilho dos cristais e ao murmúrio da elite, que Braden Sherota viu Brandon Cardoso pela primeira vez.
Braden, herdeiro de um império de hotéis, estava lá por obrigação, outro evento para manter as aparências. Seu sorriso era perfeito, treinado, mas seus olhos, de um azul profundo, estavam entediados. Até que eles pousaram em um homem que não tentava se misturar à multidão, mas que, de alguma forma, a observava com um interesse genuíno. Brandon. Ele estava encostado na balaustrada, segurando um copo de água com gás como se fosse a coisa mais fascinante do mundo, um pequeno sorriso tocando seus lábios enquanto observava um magnata idoso contar uma história animada.
O que prendeu Braden não foi apenas a beleza clássica de Brandon – os olhos castanhos cálidos, a postura relaxada mas confiante –, mas a autenticidade que emanava dele. Enquanto todos performavam, Brandon simplesmente era.
