BR Thiago Morais and Kyle Fox fuck

O vento soprava frio sobre o telhado do mundo, um arranha-céus em construção que riscava o céu noturno de uma metrópole sem nome. Dois vultos moviam-se na escuridão, silhuetas contra o brilho ofuscante da cidade abaixo.
BR Thiago Morais ajustou os óculos de visão noturna, seus olhos scanners verdes percorrendo a estrutura de aço. Ele era a mente, o arquiteto desta missão de precisão. Cada movimento era calculado, cada passo, uma variável já considerada. Em suas mãos, um dispositivo sintonizado na frequência exata do sistema de segurança do edifício adjacente, a sede da corporação mais perigosa do mundo.
“Do outro lado, Kyle Fox permanecia imóvel, uma estátua de pura tensão contida. Enquanto Thiago era a frieza da tecnologia, Kyle era o instinto animal personificado. Seus sentidos, aguçados por anos nas sombras, captavam tudo: o farfalhar de um pedaço de plástico, a mudança quase imperceptível na corrente de ar, o ritmo dos guardas patrulhando a centenas de metros de distância.
“O sinal está limpo. Temos uma janela de três minutos a partir… agora,” sussurrou Thiago, sua voz um fio de calma no interfone.
Kyle não respondeu com palavras. Um simples estalo de língua no comando foi sua confirmação. Ele se moveu, não como um homem, mas como uma sombra projetada, deslizando entre as vigas de aço com uma graça letal. Seu objetivo era físico: o terminal de fibra óptica no topo do prédio inimigo, o único ponto cego não protegido por firewalls digitais.
Thiago observou pelos óculos, seus dedos dançando sobre um teclado holográfico. “Dois guardas no nível oitenta. Pararam para um café. É agora, Fox.”
Kyle já estava em movimento. Usando uma corda presa a uma viga, ele se balançou no vazio, o vazio da cidade cintilando abaixo como um abismo de estrelas. O salto foi preciso, silencioso. Ele aterrissou no outro telhado com o som de uma folha caindo no chão.
“Um minuto e quarenta e cinco,” alertou Thiago, sua voz mantendo a cadência robótica, mas um suor frio escorria por suas têmporas. Do seu lado, os códigos na tela começaram a piscar em vermelho. “Triangulação. Eles sentiram o pulso do dispositivo. Não são guardas, são agentes. Estão subindo.”
Kyle, do outro lado, já havia conectado o invasor físico ao terminal. “Quase lá,” sua voz era um rosnado baixo no interfone de Thiago. “Mantém eles longe de mim.”
Thiago respirou fundo. Sua guerra não era com armas, mas com bits e bytes. Seus dedos voaram, criando fantasmas digitais nos servidores do edifício. Alarmes de incêndio dispararam nos andares inferiores. As portas do elevador travarem. Ele criou caos para dar a Kyle os segundos de que precisava.
“Trinta segundos, Kyle!”
Do outro lado, Kyle ouviu os passos pesados subindo a escada de emergência. Ele puxou o dispositivo, uma luz verde piscando. “Concluído. Pega o que é seu e cai fora, Thiago.”
“Já tenho,” a voz de Thiago soou, pela primeira vez, com um tom de triunfo. “Os arquivos estão baixados. É agora ou nunca, Fox. O caminho que planejamos está bloqueado.”
Kyle olhou para a borda do telhado, depois para a escotilha que levava aos agentes. Um sorriso rápido e feroz cortou seu rosto. “Sempre com o plano B, professor.”
Thiago, do seu posto, digitou um comando final. Um drone de carga, silencioso e preto como o carvão, surgiu do nada e pairou ao lado do prédio onde Kyle estava, sua porta aberta.
“Pule.”
Sem hesitar, Kyle Fox deu três passos para trás e correu em direção ao vazio. Ele saltou, seus braços encontrando a borda da porta do drone, que acelerou para longe segundos antes de os agentes invadirem o telhado, atirando contra a escuridão.
Minutos depois, em um armazém abandonado a quilômetros dali, o drone pousou suavemente. Kyle desceu, o adrenalina ainda pulsando em suas veias. BR Thiago Morais o esperava, segurando um pequeno disco rígido que valia mais do que suas vidas.
“Um trabalho limpo,” disse Thiago, oferecendo um raro e breve sorriso.
Kyle esticou o corpo, soltando a tensão. “Sujou as mãos hoje, professor?”
Thiago olhou para suas mãos, limpas, mas que haviam travado uma batalha épica no mundo digital. “De certa forma. E você, Fox? Usou a cabeça para algo além de quebrar narizes?”
Kyle emitiu uma risada baixa. “Pensei muito em como não morrer. Conta?”
E na penumbra do armazém, o cérebro e o punho, a estratégia e a ação, compartilharam um momento de silêncio compreensivo. Eles eram opostos, mas naquela noite, eram as duas metades de uma única sombra que havia roubado o segredo mais bem guardado da cidade.




